Crianças do Lar Maria João de Deus ficam sem alimento e sem abrigo

Crianças do Lar Maria João de Deus ficam sem alimento e sem abrigo

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Parte do teto do Abrigo Maria João de Deus está sem telhas e chegou a ser coberto com lonas plásticas. Em decorrência das chuvas, as 58 crianças chegaram a ser transferidas para o salão Paroquial da Vila Operária.

O teto está com vários buracos e quando chove a situação é caótica. A água que cai no abrigo precisa ser acumulada em bacias. Dessa forma é impossível que crianças sejam abrigadas no local.

A juíza da infância, Maria Luiza, afirma que não sabe mais o que fazer, pois o concerto do teto está sendo feito há meses, mas até agora não foi concluído. A situação é ainda pior, pois o governo do Estado anunciou que não tem recursos para finalizar a obra.

“O CHJ recomendou ao tribunais de todo o país que o juiz se desloque para o abrigo levando sua equipe para rever a situação de cada um, como estão as crianças e adolescentes acolhidos, rever a situação processual, a situação pessoal e as condições do abrigo. E nós não vamos fechar o abrigo hoje porque não temos para onde encaminhar essas crianças, que embora estejam vivendo em situação precárias, não temos para onde encaminhá-las. Lá no abrigo falta até alimentos, essas crianças não estão passando fome, porque a própria população sensibilizada provê alimentos. Temos recorrido a outros abrigos, como no caso do Dom Barreto para pedir ajuda ”, declarou Maria Luiza.

Com as crianças mau acolhidas, os pais, que perderam a guarda por negligência ou maus-tratos, se preocupam.

“Estou preocupada com a saúde dos meus filhos, principalmente com a bebê de dois anos, que tenho que dar remédio para ela”, declarou Jocélia Neves, mãe de filhos alojados no abrigo.

Uma ala inteira do abrigo falta pouco para ser concluída, são salas de aula e espaço para atividades das crianças, um auditório e banheiro. Todo esse espaço está interditado há cerca de 3 meses. Para a liberação, falta apenas a conclusão do teto.

Um funcionário da construtora responsável pela obra, prefere não se identificar, mas afirma que os operários vão desistir da obra.

“Não temos repasse para pagar o que já se deve e comprar as telhas, e não há nem previsão. Estamos sem receber dinheiro há 2 meses”, declarou o operário.

O conselheiro tutelar Djan Moreira, afirma que se não fossem realizadas doações, as 58 crianças já estariam sem alimentação.

"Apenas dois profissionais fazem atendimento e acompanhamento de 58 crinças e isso não pode acontecer. Quando o conselho trás uma criança para uma casa de acolhimento é quando não tem outra alternativa. Essas crianças deveriam ser prioridade absoluta", declarou Djan Moreira.







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