Detentos da Major César conversam com equipe da Rede Meio Norte

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Cerca de 24 horas após um motim, a fragilidade da Penitenciária Agrícola Major César Oliveira continua evidente. As cinco guaritas localizadas na parte externa do presídio estão constantemente vazias e a cerca que serviria como barreira para evitar a fuga de presos está cortada. 

Foi através desta cerca que a equipe do Jornal Agora teve acesso a alguns detentos do presídio, que funciona pelo regime semi-aberto. Os presos reclamam da falta de estrutura mínima na penitenciária e relatam que os agentes e policiais que atuam na Major César utilizaram munições letais na contenção do motim. 

“Estão atirando na gente com bala de verdade, ontem eu fui atingido”, disse um dos detentos. "Aqui é um presídio de ressocialização, mas funciona tudo ao contrário”, reclamou outro.

Um dos presos chegou a afirmar que os detentos continuam no presídio por consciência dos crimes que cometeram dada a facilidade de fugir da penitenciária. Imagens conseguidas com exclusividade pela equipe da repórter Liana Paiva mostram a situação por dentro do presídio, são infiltrações, grades desgastadas e muita sujeira. 

De acordo com o diretor da unidade, Marcelo Oliveira, os problemas estruturais do presídio existem pelo fato de a unidade ser uma das mais antigas do estado. 

"A Major César é uma unidade muito antiga, é uma das mais antigas do Piauí e com relação à estrutura ela é meio deficiente, deteriorada, mas, a realidade dos presídios do Brasil é a superlotação, todos os presídios estão superlotados hoje", disse. 

Na tarde da última segunda-feira (13), os presos se rebelaram e iniciaram um motim, queimaram colchões e entraram em confronto com os agentes penitenciários. Na confusão, quatro detentos ficaram feridos, destes, três foram baleados. 

De acordo com a direção da penitenciária, o motim teve início após os agentes apreenderem bebidas alcóolicas no interior do presídio. De acordo com o diretor do presídio, os presos recebem armas e bebidas pela cerca da unidade. 

"Uma prática que eles utilizam muito é uma estrada que fica por trás da unidade e o pessoal para carros e motos e jogam para o interior da unidade. A gente tenta inibir essa prática, mas, a própria estrutura da unidade, por ser cerca de arame e eles estarem soltos o dia todo, facilita essa prática deles saírem e retornarem”, afirmou Marcelo Oliveira. 



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