Wellington Dias diz que ainda não escolheu nomes para secretariado

Na tarde dessa terça-feira (20/11), a correspondente de Brasília da Rede Meio Norte, Samantha Cavalca, conversou com o governador do Piauí, Wellington Dias, que falou sobre sua agenda no dia de hoje. Wellington dias que participa de dois momentos importantes para a educação piauiense na capital federal.

“Hoje nós tivemos por aqui dois momentos importantes de destaque do Piauí na área da educação. Pela manhã no Senado Federal a estudante de Monsenhor Hipólito, Daniele, compareceu com o seu professor, secretário Helder Jacobina, secretária Rejane Dias e recebeu o prêmio Jovem Senador, um programa que tem do MEC com o Congresso Nacional, onde ela fez a melhor redação do Brasil. E também nós temos agora a tarde na Câmara Federal o prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2018, também dado a uma escola piauiense, a escola Augustinho Brandão pelo destaque que ela tem , uma escola de cidade pequena como Cocal dos Alves e se destaca nacionalmente na educação, eles são nosso orgulho”, declarou.

Samantha Cavalca: A gente ontem mostrou no Jogo do Poder aquela lista que o Arimatea Carvalho recebeu de um deputado que mostrava algumas indicações para o secretariado. Essa lista está correta?

Wellington Dias: “Eu nego qualquer diálogo com definição para qualquer área com qualquer pessoa, não só os parlamentares porque ainda estou em uma fase de tomar decisões sobre a organização do estado que tem dois objetivos, o primeiro adequar o estado a uma realidade crítica que vive o país, fazer alguns ajustes no mandato que estou terminando e já abro o mandato fazendo um novo ajuste para que a gente tenha uma adequação e adequando também ao programa que apresentei durante a campanha com todos que fizeram a campanha comigo. Não tem sentido, eu ainda nem decidi quais são as áreas que vão permanecer ou serão alteradas e já estar tratando de nomes. Nós temos um mandato, o mandato prossegue com os titulares que já estão, enquanto isso o objetivo agora é adotar essas medidas”.

Arimatea Carvalho: “Eu queria saber do senhor se é verdade também que o senhor teria condicionado a permanência do deputado federal reeleito Fábio Abreu na Secretaria de Segurança ao fato de ele permanecer até o final e não sair para se candidatar a prefeito de Teresina. A minha fonte disse que o senhor gostaria que o projeto da segurança tivesse começo, meio e fim e não fosse interrompido por uma candidatura a prefeitura, faz algum sentido isso?

Wellington Dias: “Tenho todo respeito, carinho e gratidão pelo importante trabalho prestado do Fábio Abreu, mas da mesma forma, pelas mesmas razões não tratei sobre composição do governo assim como não tratei na Assembleia também não tratei com deputados federais. Então eu reafirmo que todo trabalho é focado nesse instante na organização da estrutura administrativa e é claro buscando também, estou aqui em Brasília com agendas do Fórum dos Governadores objetivando reparar a obtenção de recursos, temos ainda agendas para votação na Câmara Federal onde estamos hoje ou amanhã, então o objetivo é cuidar para esses pontos que são essenciais para o Piauí”.

Ananias Ribeiro: “Vamos falar então, já que não há definição de nomes. Quais são os critérios para definição desse secretariado? Estamos vendo aí um pleito do deputado federal Júlio César pela SDR, um pleito que já é público, que traz como reforço desse pedido um apelo inclusive da futura ministra Teresa Cristina, por esse intercâmbio do governo federal com governo do Piauí nessa área, ela que tem uma relação muito próxima com Júlio Cesar. Essa proximidade de políticos piauienses com o futuro governo Bolsonaro, que é de um partido diferente do seu, é critério para definição desse secretariado?

Wellington Dias: “É claro que eu torço para que a gente tenha na composição a presença de pessoas ou que são do Piauí ou que são próximas do Piauí, como por exemplo, o Ministro da Integração, o presidente da Caixa, o fato de serem piauienses gera de alguma forma compromisso com o Brasil mas o compromisso de modo especial com o estado a que pertence e essa relação partidária tem sim uma sintonia com os estados, mas o que eu defendo é que o Piauí ao fazer a composição na equipe nós vamos levar em conta primeiro uma participação, se faz uma composição com os que acreditam que trabalham o projeto, do outro lado é claro, o perfil técnico, a experiência, o conhecimento também é um outro ponto importante de se destacar. Em relação ao governo federal, nós já entregamos inclusive oficialmente a posição do Piauí que bate com a posição de outros governadores do Nordeste é que a eleição terminou agora, nós vamos ter que todos juntos cuidar do Brasil e são graves os problemas. A manifestação feita não só pelo presidente Bolsonaro mas também pelo Guedes que é o Ministro da Fazenda na direção de que vai trabalhar integrado com municípios, estados e isso dá um melhor resultado, queremos estar na defesa do interesse maior do povo do Piauí e se Deus quiser trabalhar integrado sim com o Governo Federal”.

Efrem Ribeiro: Minha pergunta não é política, é de crônica social. Nos próximos quatro anos o amor de sua vida, Rejane Dias vai ficar no Piauí ao seu lado ou em Brasília atuando como parlamentar?

Wellington Dias: “Novamente não tratei desse tema ainda, exatamente porque estou na fase de organizar o Estado, mas tão logo tenho essa posição eu repassarei com muito prazer”.

Amadeu Campos: O ministro Paulo Guedes sinalizou que por causa das dificuldades financeiras de estados e municípios uma saída seria fazer o leilão de blocos do pré-sal e esse leilão arrecadaria em torno de 100 bilhões de dólares, sendo que 15% ou 20% desse valor arrecadado iria para os estados e municípios. O senhor concorda com essa ideia?

Wellington Dias: “É um dos pontos que estamos tratando aqui, estive aqui na semana anterior a essa que teve o feriado e fizemos uma dura negociação porque o projeto já estava na pauta, já ia para votação e aqui nós conseguimos ter um entendimento com o líder do governo do presidente Temer que é o senador Fernando Bezerra. E ali chegamos ao entendimento de que assim como já temos a lei dos royalties que faz uma prioridade desses recursos para a saúde, educação e segurança e que do outro lado fica uma outra parte, partilhada entre a União, Estados e Municípios e manter essa mesma regra, e tratamos no dia 14 com o presidente eleito, sendo que o ministro Guedes fez essa declaração favorável. Agora estamos definindo qual é a parte destinada a estados e municípios, o objetivo é garantir não só equilíbrio nas contas mas capacidade de investimento, ele quer colocar algumas medidas para que os estados que tem situação de desequilíbrio possam apresentar um plano de equilíbrio do outro lado em relação a previdência, o Piauí é um dos estados que adotou algumas medidas mas ainda é um grave problema, nós temos divergências em relação qual é a proposta que deve ser votada e aprovada pela Câmara e pelo Senado. Tem uma vertente social ter o equilíbrio mas ter também uma solução para o presente, certamente o bônus por assinatura e essa sessão onerosa de gás e petróleo é um ponto importante, o que não da é a gente trazer propostas que não sejam fundo de um diálogo”.