“Pessoas pensam que só quem pode ser preso é pobre e analfabeto”, diz delegado sobre prisão de professor

“Pessoas pensam que só quem pode ser preso é pobre e analfabeto”, diz delegado sobre prisão de professor

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Na última sexta-feira (28/08), a delegacia de homicídios sob o comando do delegado Francisco Costa, o Baretta realizou a prisão do professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes, de 31 anos, acusado de matar a travesti Maciel Sousa Batista, a Makelly no dia 18 de julho de 2014 por asfixia. O acusado foi preso na sua residência na avenida Centenário, bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina.

Após a prisão de Luis, muitos comentários surgiram afirmando que a polícia tinha cometido uma injustiça e que o professor não era culpado do caso, mas Baretta afirmou que o caso foi muito bem investigado. “O corpo da Makelly foi encontrado no dia 18 de julho do ano passado no distrito industrial, nós designamos o delegado Higgo Martins e a partir daquele momento abriu uma linha do tempo na investigação, ele retroagiu e foi até o momento em que a Makelly tinha sido vista com vida, isso aconteceu no dia 17 do mês de julho por volta das 20h onde ela foi vista nas proximidades de uma boate no Centro de Teresina, local onde se encontram alguns travestis, lá ela foi chamada pelo indivíduo e não voltou mais”, contou o delegado.

“O fato de ela não ter voltado chamou a atenção das outras travestis porque elas marcam um espaço de tempo e ficam observando quando outra não volta. Então o corpo veio aparecer no outro dia no local exato. No decorrer da investigação verificou-se que uma outra travesti no mês de maio tinha sofrido uma tentativa de homicídio com as mesmas características, com o mesmo indivíduo, utilizando um veículo com as mesmas características, o delegado procurou identificar sinais que levassem ao proprietário daquele veiculo. Não satisfeito ele utilizou a inteligência policial concluindo o inquérito e indiciando o professor Luís Augusto Antunes”. declarou Baretta.

Para o delegado, nenhuma injustiça foi cometida. “ É um olho no peixe e outro no gato, nós temos um grupo para captura mas você tem que investigar e prender ao mesmo tempo. O problema é que as vezes a gente acha estranheza no fato de um professor estar preso indiciado por esse crime, mas parece que no Brasil existe uma ideia de quem só pode praticar crimes é pobre e analfabeto. Eu tenho 35 anos de polícia, e não apoio nenhuma injustiça”, finalizou.



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