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7 mitos sobre o câncer e a quimioterapia

O tratamento não é tão agressivo quanto antes

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De tão mal falada, a quimioterapia parece mais uma vilã do que um tratamento contra o câncer. Não se engane: apesar de realmente acarretar efeitos colaterais bastante incômodos em certos casos, essa estratégia salva muitas vidas.

Um levantamento de 2012 do Instituto Nacional de Câncer, por exemplo, indica que mais de 70% do orçamento brasileiro para tratar essa doença foi destinado a custear esses fármacos.

Para contextualizar à população qual o real impacto dos quimioterápicos, que inclusive evoluíram bastante ao longo das décadas, médicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) listaram mitos bastante disseminados sobre o assunto.

“A generalização de sintomas que nem sempre acontecem tem consequências negativas. Muitos pacientes sofrem antecipadamente com perdas que talvez nem ocorram”, comenta o oncologista Claudio Ferrari, secretário de comunicação da Sboc.

1. Meu cabelo sempre vai cair

A queda dos fios, ou alopecia, depende fundamentalmente do tipo de medicamento. Sim, existem vários tipos de quimioterápicos, cada um com suas indicações — nem toda químio provoca esse efeito adverso. Fora que a intensidade da queda de cabelo também varia. E, mesmo nos pacientes que ficam completamente carecas, os fios voltarão a nascer com o tempo.

Mais recentemente, uma touca térmica que resfria o couro cabeludo durante a infusão do medicamento ganhou destaque. A queda na temperatura diminui a concentração dos fármacos nas raízes, o que chega a prevenir a encrenca em parte dos casos. Entretanto, o Sistema Único de Saúde não oferece a tecnologia.

2. Terei náuseas e vômitos diariamente

Esses são efeitos adversos cada vez menos frequentes durante o tratamento do câncer. Eles dependem de uma série de fatores — de novo, o mais importante é a medicação que será empregada.

A sensibilidade de cada indivíduo é outro elemento importante. Gente que resiste menos a situações do cotidiano que podem ser associadas à regurgitação teriam um maior risco de ficar muito enjoadas durante o tratamento.

Atualmente, os médicos possuem uma série de drogas eficazes para debelar esses sintomas. E o paciente também pode contribuir ao tomar cuidados específicos na dieta. Por exemplo: aposte em alimentos e bebidas de fácil digestão.

3. Sexo está proibido

Sim, é fundamental respeitar eventuais limites do corpo. E nem sempre a disposição para transar se mantém. Dito isso, não há uma contraindicação formal para todos os casos. É importante destacar que um eventual impedimento durante a quimioterapia não significa que os parceiros estão proibidos de buscar intimidade e trocar afeto.

Vamos agora a um ponto importante: mulheres diagnosticadas com câncer não devem estar grávidas ao iniciar o tratamento e precisam adotar métodos contraceptivos eficazes. Existe uma preocupação com o risco de que os medicamentos interfiram com o desenvolvimento do embrião, especialmente durante o primeiro trimestre da gestação.

4. Não posso brincar com meus animais

A companhia dos pets às vezes é importantíssima para atenuar o estresse e melhorar a autoestima. É claro que, em casos específicos, o afastamento temporário se torna necessário por causa de baixas no sistema imunológico do organismo. Do contrário, os bichos são até aliados.

5. Salão de beleza, nunca mais

O paciente não precisa abrir mão de sua vaidade, especialmente se essa prática ajudá-lo a se sentir melhor. Mas, ao longo do tratamento, é recomendável evitar a retirada de cutículas por causa do risco de inflamações e infecções severas. Em relação ao uso de tinturas, inexistem contraindicações, desde que não causem irritação ou alergia.

6. Vou me isolar durante o tratamento

Na maioria dos casos isso não é necessário. O isolamento é indicado em situações especiais, como quando as terapias comprometem os glóbulos brancos, responsáveis por nos proteger de infecções. Aí realmente é bom evitar grandes aglomerações.

7. O tratamento deixa as pessoas inférteis

É verdade que, não raro, o procedimento mais adequado contra a doença aumenta o risco de esterilização. Porém, mesmo nessas situações, há diferentes técnicas laboratoriais para preservar a fertilidade tanto do homem como da mulher. O congelamento de esperma, óvulos ou embriões é uma alternativa.



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