Suspeito por ataque racista é empresário e diz ser fã de Ludmilla

Helder disse que não estava com cabeça para falar sobre o ocorrido

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Após ser identificado pela Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI) do Rio de Janeiro e prestar depoimento na manhã desta terça-feira, 24, assumindo a responsabilidade pelos ataques racistas a cantora Ludmilla, o empresário , de 31 anos, falou sobre as ofensas proferidas nas redes sociais.

Helder disse  que não estava com cabeça para falar sobre o ocorrido, mas que está 'tranquilo' quanto a acusação e que assumiu a responsabilidade dos xingamentos na internet, mas que não estava se referindo à cantora Ludmilla.

"Estou tranquilo. Não foi nada para a 'Ludi'. Escrevi sim, mas não foi pra ela. Estava respondendo uma garota no Instagram de fofoca, com post que tinha foto da Ludmilla. E printaram e me 'montaram nessa coisa", disse ele, que fala sobre ter assumido: "Tive que assumir, mas não foi pra ela. Responderei e depois jogo contra a mídia."

Ainda insistindo que não teve a intenção de ofender Ludmilla, Helder completa: "Foi um grande mal entendido. Assumi o erro, mas não era pra ela, pois sou do bem. Estava sendo xingado pelos fãs. Só quero esfriar a minha cabeça desse mal entendido".

Em entrevista na tarde desta terça, o delegado Alessandro Thiers, responsável pelo caso, disse que Helder apresentou várias versões durante seu depoimento. "A Ludmilla veio ontem (segunda-feira, 23) e relatou os fatos. A polícia investigou, chegou ao homem e buscou ele para depor. Hélder Santos foi conduzido por policiais", explicou ele.

Ao ser questionado sobre os ataques racistas pelos investigadores, Hélder contou histórias diferentes sobre o ocorrido. “Primeiro, ele falou que roubaram o celular dele. Dissemos para ele que temos técnicos e que, se fosse mentira, íamos descobrir e seria pior. Hélder Santos disse que estava conversando com uma amiga e que roubaram o celular. Até a hora que confessou que publicou as mensagens”, afirmou o delegado.

"O inquérito foi concluído e enviado à Justiça. Agora, cabe à Justiça decidir. A polícia já o identificou. Ele vai ser indiciado por Injúria Racial com causa de aumento por ter sido propagado na internet", detalhou o delegado.

“Ele pode vir a ser preso por até quatro anos", resumiu o delegado.Ainda de acordo com o delegado, Hélder vai responder ao processo em liberdade, mas isso também pode mudar a qualquer momento.

"A polícia não viu necessidade de prisão porque não houve violência física. Mas, se a polícia achar que existe a necessidade, ele é chamado novamente. É importante pensar antes de postar qualquer coisa na internet e saber que comentários com intolerância religiosas, homofobia, racismo e outras coisas podem trazer consequências", alertou o delegado.

RESPONSÁVEL POR ATAQUE RACISTAS SE DIZ FÃ

O acusado está respondendo por uma tentativa de homicídio em 2009 e, nas redes sociais, ele costumava compartilhar fotos com uniforme do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (BOPE).

"Ele fala para as pessoas que é policial, mas nunca foi. Ele tem foto nas redes sociais com a camisa do BOPE. Ainda não sei se está lá, pois o Instagram dele foi deletado e, aos poucos, ele tá apagando tudo. Ele foi questionado sobre isso e disse que pegou emprestado para tirar uma onda", contou o delegado.

Ainda em seu depoimento, Helder afirmou estar arrependido dos ataques racistas. "Ele disse que é fã da cantora e que faz musculação ouvindo a Música de Ludmilla. Trabalha vendendo suplemento alimentares pela internet e que isso o prejudicou porque as pessoas estão esperando ele se retratar. Hélder afirmou estar arrependido e disse que não sabe porque fez aquilo. Ele também disse que não é racista e que tem um avô negro”, detalhou o delegado. 



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