Whindersson realiza maior sonho de consumo: 'Comprei uma casona'

Youtuber também tem jatinho de nove lugares avaliado em R$ 1,2 mi

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Whindersson Nunes não para de criar. Durante uma entrevista, o youtuber pediu licença para mexer no celular algumas vezes. “Desculpe, mas só um minutinho que eu tive uma ideia”, explicava. Seu empresário Alex Monteiro perdeu as contas de quantas vezes recebeu mensagens por celular dele durante a madrugada com novos roteiros. Se um amigo, como o também humorista Tirullipa, está em São Paulo, Whindersson escreve com ele uma nova paródia durante o que deveria ser um simples encontro. Sua mulher, a cantora Luísa Sonza, teve que se acostumar com a sua rotina, ou melhor, a falta dela.

"A melhor hora para criar para mim é na madrugada porque esse negócio de trabalhar em casa às vezes atrapalha. Porque parece que você só pensa em trabalho. Agora estou tentando colocar um horário para trabalhar. Às vezes, levanto às 14h e começo ver stand up, a escrever… Tem gente que fala: ‘Mas você só fica no computador!’. Eu respondo: 'Pois é, estou trabalhando’. Teve amigo que se afastou até de mim por causa disso. Como a gente trabalha dentro de casa, ninguém sabe o que é trabalho mesmo ou besteira”, diz ele.

Tanto conteúdo é revertido em grandes marcos. O piauiense, que começou a fazer seus vídeos aos 15 anos, hoje contabiliza mais de 28 milhões de seguidores apenas no YouTube, fez no ano passado 147 sessões de seu espetáculo com público médio de 274 mil pessoas. Para continuar o sucesso, ele investe em todas as mídias sociais e criou um novo espetáculo para os teatros, o Eita, Casei!, que estreia neste sábado (7) em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Ele já tem 33 shows confirmados pelo Brasil até o final de julho e depois disso pretende se apresentar fora do país em cidades dos continentes africano e asiático.7

"Eu não aguentava mais fazer o mesmo show, falando tantas vezes a mesma coisa. Tem gente que faz cinco anos o mesmo show. Eram duas sessões por dia de quarta a domingo. Comecei a escrever um show novo e veio o casamento. Era a parte que faltava no meu show. A galera queria muito saber”, conta ele, que se casou em fevereiro deste ano em uma cerimônia milionária, sem permutas, na Capela dos Milagres, localizada na Rota Ecológica dos Milagres, à cerca de 99 km de Maceió, capital de Alagoas.

"A gente não quis fazer permutas porque era um momento tão da gente pra ter que ficar citando um monte de gente depois. O doce é de fulano, a flor é de não se de quem, o chão é de tal lugar... Poxa, não acho isso legal em um momento tão nosso assim. A gente tem que agradecer a Deus e o pai da gente e não empresas", explica ele.

Hoje, além do jatinho de nove lugares avaliado em 1,2 milhão de reais, que ele usa para se locomover e para facilitar seu otimizar o seu tempo de criação durante os voos - no ano passado ele passou 1500 horas no avião -, ele acaba de comprar uma casa dos sonhos em São Paulo. 

"Estou realizando agora o meu maior sonho de consumo que era uma casa. Já tenho casa e apartamento, mas não tinha uma aqui em São Paulo. Tenho para ir passar um dia em Teresina, em Fortaleza, mas queria mesmo uma casa para morar. Vivia de aluguel aqui em um apê pequeno há um ano. Agora comprei uma casona mesmo para me sentir em casa, poder botar o meu carro na garagem e não ter ninguém para me incomodar. Já comprei mobiliada." 

Daqui dez anos, Whindersson se imagina conquistando outros grandes marcos em sua carreira e começando a ter filhos. "Tem que fazer a vida primeiro para não ter que interromper o trabalho para cuidar da criança. Se eu quisesse já dava para ter uma vida tranquila e me aposentar, mas ainda não estou onde quero estar. Quero um padrão maior do que este ainda. Talvez seja isso que vá me levar à ruína. Eike Batista está aí para mostrar. Está preso, pobre, devendo e careca", se diverte.      

Como vai ser esse novo show?

WHINDERSSON NUNES: Não é um show só sobre casamento, até mesmo porque eu me casei faz pouco tempo e não tenho muita coisa para falar sobre isso. Só que eu meio que já vivia a vida de casado antes porque eu morava junto com ela. Então, digo que o show é mais sobre relacionamento entre homem e mulher, situações engraçadas como quando a minha família se encontrou com a dela pela primeira vez. Em relação ao figurino, também resolvi mudar. As pessoas sempre falam que eu sou largadão. É o meu jeito, mas acho que às vezes, as pessoas se cansam. Como fala de casamento, vou faz mais com a temática de casamento.

Você pediu aprovação da Luísa para alguma piada sobre o casamento? Já teve um DR (Discutir a Relação) por causa de uma piada?

W.N.: Nunca tive briga por causa de piada porque não faço nenhuma invasiva. Faço as que eu contaria em uma roda de amigos. 

 Falando sobre casamento, a Luísa falou que passou por uns perrengues durante a cerimônia, como o vestido que rasgou. Você passou por algum também?

W.N.: Choveu muito no dia e eu dei umas escorregadas. Por causa da chuva eu também me atrasei. Ela (Luísa) já estava lá na igreja e eu não sabia. Então, o noivo se atrasou no dia do casamento em 40 minutos (risos). 

Na lista de cidades confirmadas para a sua nova turnê tem locais bem pequenos no interior do sul do país, cidades do estado de São Paulo e do nordeste. Como foi essa escolha?


W.N.: Vamos nos quatro cantos do Brasil a fundo mesmo, não só nas capitais e nos grandes centros. No ano passado, a gente se apresentou em lugares que as pessoas nem sabem que existem, mas que o público deu mais da metade da população da cidade. Além de ser um expansão de público, faço isso porque gosto. Faço teatro porque eu gosto, não por medo perder espaço no YouTube ou só pelo dinheiro.  

Com o número crescente de youtubers, como você faz para se manter um dos maiores?


W.N: Não tenho essa preocupação de ser o maior. Passa um tempo e a gente vê que isso não importa. O Gusttavo Lima fala que ser o maior é até ruim às vezes porque todo mundo espera e cobra muito de você. Quando você é o quinto maior, consegue fazer coisas boas melhor do que o que está em primeiro por não ter essa preocupação de se manter no topo. Também não encaro os outros como concorrentes. Se está bom para os youtubers, está bom para mim também, que sou um youtuber. Para mim o que importa é todo mundo estar bem.

O que você faria se não desse mais certo como youtuber?


W.N.: Sou um cara trabalhador que vai querer se o melhor no que faz, independente de qual seja a profissão. Se eu fosse vendedor de picolé, seria o vendedor que mais ia chamar atenção na rua. Ia dar um jeito de chamar atenção para aquilo e fazer o negócio crescer para talvez um dia ter uma fábrica de picolés. Minha vontade é de crescer, crescer e crescer.   

Já pensou em desistir de sua carreira?

W.N.: Já, mas por questões piscológicas. Às vezes, você acha que sucesso e dinheiro é tudo, mas olha para uma pessoa morando no interior e pensa: 'quem é mais feliz: o fulando que está curtindo a vida com a mulher dele, que trabalha, mas que de noite vai dormir em casa ou eu que estou 60 dias do ano voando e que nem passa muito tempo em casa? Mas no final, chego a conclusão que sou eu mesmo (risos).   

 

Você é um cara simples, que conquistou muita coisa profissionalmente e financeiramente. Já sofreu preconceito por ter vindo de uma origem mais humilde?


W.N.: Não sou a única pessoa que passou por isso. Hoje um milhão de pessoas saem de casa para tentar a vida. Não me acho especial por isso. A gente passa por muita coisa e tem que aprender a lidar. Ninguém fala para a gente que a vida vai ser fácil. É cheia de picuinha, humilhação, mas se você trabalhar firme, consegue passar por tudo isso.

 Mas você passou por uma situação específica?

W.N.: Uma vez cheguei com o meu empresário em um teatro aqui em São Paulo para tentar fechar alguns dias para o meu show e a mulher falou na minha cara: ‘Pra esse menino aqui? No meu teatro não! Aqui só vem estrela'. Foi há três anos e foi bem humilhante. Hoje, este mesmo teatro, recebe um show de youtuber por semana porque é no que eles confiam agora. A gente foi abrindo as portas dos teatros para a galera da internet. Ninguém confiava na gente.

Como é sair na rua hoje em dia? Você consegue ir ao supermercado tranquilamente?

W.N.: Nunca sei quando eu vou ser parado por muito tempo então saio com antecedência. Até as pessoas que não me param, me reconhecem e comentam. O shopping é algo impossível de ir. Evito de dia. Quando vou, geralmente é para assistir filme, vou na última sessão e mesmo assim tiro foto com toda a equipe do cinema, com os seguranças do shopping…

Você já recebeu várias propostas para trabalhar na televisão e recusou todas. Qual valor faria você mudar de ideia?

W.N.: Não dispenso a televisão. Não é questão de dinheiro. O problema da TV é que tenho que cumprir o compromisso de estar lá. Isto me tomaria tempo e ia me atrapalhar em outros projetos. Se eu chegar ao momento de achar que é isso que eu quero para a minha vida, estiver naquele ponto que tudo já deu certo e que eu posso viver tranquilo sem precise me preocupar com tempo, daí eu posso trabalhar na televisão. 



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