Forró marca segundo dia do 40° Encontro de Folguedos em Teresina

Cerca de 20.000 pessoas prestaram homenagem ao folclore piauiense

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A chuva e o calor não foram capaz de desanimar o público que esteve presente no segundo dia do festival de folguedos. A vila olímpica do estádio Albertão recebeu no sábado (20) cerca de 20.000 pessoas que prestaram homenagem ao folclore piauiense, tema principal do festival esse ano.

O evento foi pensado para receber público de todas as idades, desde o mais novo, até o mais velho. Enquanto os pais colocavam os filhos para brincar no Parque de Diversões “Ciranda Cirandinha”, podiam ouvir o forró embalado no palco “Cabeça de Cuia”, onde diversos músicos piauiense se apresentaram.

Reisinho e Maclaine foram dois desses músicos. Com apenas seis meses de estrada, a dupla teresinense demonstrou muito carinho durante a apresentação. “Esse é o nosso maior público. Estou realizando um sonho de tocar no folguedos”, afirmou Reisinho. Passaram pelo palco ainda os artistas Zé Maxixe, Pedro e Benício e Farra da Gordinha, que finalizou a noite com chave de ouro.

A escolha dos artistas que iriam animar o público não se deu aleatoriamente. De acordo com Marcel Julian, coordenador de eventos da secretaria estadual de cultura, a prioridade era que artistas da terra animassem a festa. “Nós iríamos trazer artistas de fora (outros estados), mas pensamos que era melhor artistas locais, para valorizar ainda mais nossa cultura”, justificou.

Quem passou pela festa não se arrependeu. A diversidade de espaços, comidas e atrações estavam presentes em todo canto do festival. Ao todo, foram pensados cinco espaços onde o público podia conhecer mais sobre o folclore piauiense. O palco Bumba Meu Boi recebia apresentações de dança de grupos não apenas no Piauí, mas também do Maranhão, Pará e da Paraíba.

Já na Tenda Num Se Pode, era exibido um documentário contando a trajetória dos folguedos produzido por Márcio Brito. “Eu e Adélia Lima fizemos um trabalho de coleta e pesquisa de matéria de jornais antigos no arquivo e imagens da época para contar um pouco da história de 40 anos de folguedos. Começamos a contar desde o começo em 1977 quando ainda se chamava Encontro de Folguedos Popular e depois passou a se chamar Encontro Nacional de Folguedos”, conta. A tradição iniciada por Luiza Vitória Figueiredo, a Sulica, não sabia que proporções tomaria.

“Começou com uma festa modesta e pequena mas eu penso que já nasceu grande e o intuito do documentário é resgatar um pouco dessa história para as pessoas que não conhecem, mas sabem que existem os folguedos e sabe que é uma manifestação tipicamente popular do Piauí”, completou.

O público foi bem receptivo à proposta apresentada por Márcio. “Ano passado foi o primeiro ano desse espaço e nós mostramos sobre as lendas, já esse ano estamos contando a história dos folguedos e o mais bacana é que muitos professores nos procuram para pedir a exibição do documentário nas escolas e isso é interessante porque é um resgate vivo da nossa cultura e folclore com o resgate do folguedos que é a nossa festa, a cara do povo piauiense”, finalizou Márcio.

Mas nem só de forró foi feita a festa. Dando espaço a novas manifestações culturais, o Encontro também promoveu concurso para os grafiteiros pintarem suas telas. As obras concorrem à premiação, sendo R$ 3 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro.

O artesanato também marcaram presença na segunda noite da festa. O espaço “Diga Meu Bem” recebeu cerca de 10 artesãos. Dona Ana Lucia foi uma delas. Artesã há 13 anos, ela conta que é sempre rentável exibir os produtos no folguedos. “Trabalho com bijuterias e esse ano tá sendo ótimo porque as pessoas estão procurando diversos produtos. Não tenho um “carro-chefe” porque quem vem comprar um brinco de pena, por exemplo, acaba levando também um turbante”, explicou.

Repórter: Elane Araújo



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