Homem de 66 anos se casa com mulher de 106; confira história!

A história do casal é de se admirar.

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Fui solteiro a vida toda. Desses que não amarram o jegue em canto algum, sabe? Nunca achei alguém especial o bastante para passar o resto da vida comigo. Convivo com uma sequela por conta de uma paralisia que tive na infância e isso não é algo muito fácil de lidar. Fui resgatado pelo asilo Nossa Senhora de Fátima, em Pirassununga, há 23 anos. Desde então, aqui é meu lar. Vivo rodeado de boas pessoas e grandes amigos. Eles são a minha verdadeira família. Desde que os conheci, me sinto completo... Até que uma mulher de parar o trânsito cruzou meu caminho e eu percebi que uma parte minha estava vazia. Ela chegou preenchendo meu ser e eu me apaixonei perdidamente...

Nunca é tarde para amar!

Há três anos meus olhos brilharam por uma nova integrante do asilo. Ela se chama Waldemira – ou Walda, para os íntimos. Não tenho dúvidas de que é a mulher mais linda que já vi; e olha que sou bem vivido! No auge dos seus 106 anos, é uma pessoa alegre, lúcida e cheia de luz. Caí por ela de cara! Como dizem por aí “fiquei de quatro com os pneus arriados”! Descobri que a Walda gosta de dançar e a cada dia me encantei mais por suas qualidades. Começamos a conversar bastante para desvendar nossos gostos em comum. Walda me contou que trabalhou como lavradora e empregada doméstica na juventude. Ela não esconde que nos tempos áureos gostava muito de Carnaval; chegou até a desfilar em algumas escolas. Relembrou com gosto a época em que saiu na avenida como Carmen Miranda aqui mesmo, em Pirassununga. Foi uma delícia me conectar com ela e conhecer sua essência. Eu estava certo de que havia encontrado a mulher da minha vida e não perdi um dia sequer: logo a pedi em namoro. Meu coração acelera quando estou perto dela. É realmente único. Estamos juntos há três anos e eu sinto que nunca vou perder o brilho no olhar que ela desperta em mim!

O asilo realizou nosso grande sonho!

Nosso lar é uma delícia, vive cheio de visitas e voluntários! Aliás, foram eles que montaram uma das iniciativas mais legais daqui, o Projeto dos Sonhos. A ideia é realizar os desejos de todos os colegas da casa. As pessoas começaram a fazer seus pedidos: roupas, sapatos, comidas, um passeio de pesca... Eu e minha garota já tínhamos o nosso desejo único na ponta da língua: noivar!

Os voluntários deram um jeito em tudo. Encontraram mais gente para ajudar na organização, decoraram os espaços e providenciaram a comida pra festança. Fiquei ansioso no grande dia, parecia que meu coração ia saltar pela boca a qualquer momento. Me senti como um menino, jovem de tudo, que vai chamar a amada para sair pela primeira vez!

Noivamos em uma tarde ensolarada de janeiro. Dia 28, para ser mais exato. Walda passou horas fazendo cabelo e maquiagem, para ficar ainda mais bela ao selar nosso amor. A gente vive junto aqui, mas nesse dia tive que ficar longe da donzela. Dizem que não pode ver, né? Dá azar... Eu não acredito muito nisso, mas segui a regra do jogo. Quando vi a minha amada Walda desfilando naquele tapete de pétalas vermelhas ao som da marcha nupcial, fiquei muito emocionado. Era o sonho da minha vida se tornando realidade!

Somos um casal apaixonado, mas confesso: sou ciumento

A Walda diz que sou um homem muito carinhoso, educado e apaixonado. Mas também sou ciumento, viu? Não gosto de nenhum outro homem perto dela. Afinal, é a minha joia preciosa. A flor mais bonita do jardim da minha vida. Ela diz pra todo mundo: “quando ele está com os amigos eu nem chego perto porque ele morre de ciúmes, vê se pode!”.

Nosso dia a dia é uma delícia. Jogamos dominó, conversamos com nossos colegas e almoçamos juntos. Só não dormimos na mesma cama por conta dos cuidados com a saúde. Pra você ver como o amor é imenso, certo dia passei mal e fui deitar no meio da tarde. Mas a Walda pediu para me chamarem. O motivo? Ela não consegue ficar sem mim! É mole?

Walda adora cozinhar e diz que quando tivermos nosso cantinho vai fazer seu delicioso frango com polenta pra mim. Nosso próximo sonho é ter uma casinha pra chamar de nossa. Sei que é meio difícil, mas sonhar não faz mal, é de graça e nos mantém vivos! Eu recomendo!

Aparecido Dias Jacó, 66 anos, aposentado, Pirassununga, SP



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