Emocionado, Felipão celebra retorno ao Grêmio e diz que precisa de carinho e apoio dos torcedores

Treinador foi apresentando nesta quarta no clube que o lançou para o futebol

Felipão | Divulgação
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Por mais estranho que possa parecer, o passado e o presente do Grêmio se fundem nesta quarta-feira em uma linha única. Nada mais justo que Fábio Koff, o presidente mais importante do do clube, tenha assinado pela terceira vez com Luiz Felipe Scolari, o treinador mais vitorioso com a trinca de cores azul, preto e branco. Pois as 11h, em solenidade realizada na Arena, o técnico iniciou com emoção a terceira era frente ao Tricolor.

Sorridente desde o desembarco no aeroporto, Felipão declarou logo nas primeiras palavras a sua paixão ao clube. E se emocionou. Admitiu que precisa de carinho depois da eliminação por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo e projetou o futuro no Grêmio

- Se eu cogitei voltar a trabalhar depois do fim de um trabalho que eu tinha uma outra ideia de término, é por causa do Grêmio. O Grêmio é o único time que me faria voltar. Todo mundo sabe que eu sou gremista. Todo mundo sabe que eu passei aqui. Por esse sentimento, essa situação diferente na minha vida, porque o Grêmio é uma situação diferente. Neste momento, sei que também preciso de um abraço, preciso desse carinho e sei que o Grêmio, esse time e esses jogadores podem me dar - disse.

A negociação foi relâmpago. Após a demissão de Enderson Moreira, Koff viajou para São Paulo na tarde de terça-feira, ao lado do advogado Gabriel Vieira. O acerto foi imediato.

Confira os principais trechos da entrevista:

Trauma após o 7 a 1

"Se vocês me perguntarem o que vai ficar marcado para mim, o que nunca vou esquecer, é o resultado catastrófico do 7 a 1. Sou sabedor disso. Mas os resultados gerais não dizem e não dão a oportunidade de pessoas manifestarem de maneira pejorativa tudo que eu fiz até hoje. Não estou aqui para discutir esses dados porque não vale a pena.

O torcedor do Grêmio tem a personalidade, a figura, a maneira de ser do Felipão de 1967, que começou a jogar pelo Aimoré. Não mudei nada. Sou a mesma pessoa. De dois meses, uma semana para cá, é o Felipão que teve uma dificuldade num determinado jogo e a partir dali passou a ser execrado por 90% de pessoas. Não público em geral, não torcedores, mas principalmente pessoas ligadas ao futebol através da imprensa.

Aqueles 15 dias que eu passei no sufoco já foram bem assimilados. Não tem nada mais. Se tiver um resultado ruim, tem resultado ruim. Ou será que só eu tenho resultado ruim? Todos têm. Tem que saber assimilar e seguir em frente"

Amor ao Grêmio

"Se eu cogitei voltar a trabalhar depois do fim de um trabalho que eu tinha uma outra ideia de término, é por causa do Grêmio. O Grêmio é o único time que me faria voltar. Todo mundo sabe que eu sou gremista. Todo mundo sabe que eu passei aqui. Por esse sentimento, essa situação diferente na minha vida, porque o Grêmio é uma situação diferente. Neste momento, sei que também preciso de um abraço, preciso desse carinho e sei que o Grêmio, esse time e esses jogadores podem me dar. Nada me faz mais feliz do que estar aqui hoje. A receptividade de todo o país foi espetacular."

Plantel do Grêmio

"Não é a só a torcida que acredita no Grêmio. Temos condições, gente. Olhando para o time, para o plantel, dá para acreditar. Temos um bom grupo. Temos uma categoria de base com boas coisas".

Permanência de Fábio Koff

Tomara que o Dr. Fábio permaneça (na presidência). Mas se não permanecer, com quem quer que seja, eu estarei dentro do meu time, da minha casa. Ele sabe que eu gostaria que fosse ele, mas isso é uma decisão dele. Eu gostaria. Se ele me fez o convite, é por ele também eu estou aqui. É como meu segundo pai, uma pessoa que me ajudou muito no futebol. Se eu puder fazer o convite para ele ficar e se o conselho entender assim e se os torcedores também, maravilhoso"

Confira o histórico

Felipão estreou no comando gremista em 1987, aos 38 anos, após o 1º turno do Gauchão. No primeiro jogo, vitória de 1 a 0 diante do Inter de Santa Maria. Trabalhou durante seis meses no clube, conquistou a competição estadual, mas saiu na última rodada do Brasileiro. Foram 30 jogos oficiais, com 16 vitórias, 10 empates e 4 derrotas - aproveitamento de 64%.A volta do treinador ao Grêmio resultou num período de glórias. O clube era presidido por Fábio Koff quando Felipão ganhou nova chance, em setembro de 1993, em meio ao Campeonato Brasileiro.

Apesar do período inicial complicado, com a permanência bancada pelo mandatário tricolor, o técnico levantou seis títulos na segunda passagem pelo time gremista e se projetou no cenário nacional.No último período no Tricolor, Felipão trabalhou durante três anos e meio. Foi bicampeão gaúcho (1995/96), conquistou a Copa do Brasil (1994), Libertadores (1995), Recopa (1996) e Brasileirão (1996). Foram 222 jogos oficiais, com 99 vitórias, 56 empates e 67 derrotas - aproveitamento de 53%.



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