Zé Roberto reforça ciclo: “Seleção não fecha as portas”

“A seleção tem um bom potencial e claro que me chamou atenção”

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Quando confirmou a permanência como treinador da seleção feminina para o novo ciclo até Tóquio 2020, José Roberto Guimarães reconheceu que será um ciclo com maior renovação, valorizou o trabalho de base da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e disse que a formação de novas atletas é a sobrevivência do projeto de desenvolvimento do vôlei feminino brasileiro. A presença de Zé Roberto no Centro Olímpico, em Uberaba, Minas Gerais, onde é realizado o Sul-Americano Sub-20, é a prova de que nada do ele disse é da boca para fora. O tricampeão olímpico assistiu à vitória brasileira por 3 sets a 0 sobre o Chile e ressaltou que o aparecimento de promessas é a tônica do vôlei brasileiro e que competições como esta são importantes para o desenvolvimento delas. O treinador salientou que este acompanhamento da base faz parte do trabalho dele como treinador, a tradição do vôlei de trabalhar a renovação a longo prazo e disse que as portas da seleção principal estão sempre abertas.

Depois da eliminação precoce para a China nas quartas de final da Rio 2016, Zé Roberto afirmou que o foco principal será o trabalho no comando seleção brasileira. Um mês depois, desembarcou em Uberaba para acompanhar as meninas do sub-20 com a justificativa de que este “garimpo” in loco e em uma competição oficial faz parte do trabalho de técnico da seleção. 

– Participei um pouco do treinamento delas, estou montando um time em Barueri que fiz um amistoso com a sub-19. É bom presenciar e ver um trabalho que está sendo feito com jogadoras que poderão fazer parte do futuro da seleção brasileira. Acompanhar este trabalho de base também faz parte do trabalho de técnico da seleção. É importante estar antenado ao aparecimento de novas jogadoras – disse.

Com perdas importantes após a queda na Olimpíada, como a capitã Fabiana e a oposta Sheilla, e o risco de ficar sem Dani Lins e Jaqueline, que ainda não decidiram sobre o futuro na seleção, o novo ciclo olímpico será com base na renovação, ao contrário da Rio 2016, que contou com a base bicampeã olímpica. Por isso mesmo, Zé Roberto não descarta que jogadoras que estão na disputa do Sul-Americano possam estar na seleção principal em Tóquio, ou até mesmo, na Olimpíada de 2024. 

– Se não for para esta, é para próxima. O vôlei tem tido esta tradição de pensar a médio, e principalmente, a longo prazo. De ver, programar e planejar para o futuro. Em 2020, se for pensar faltam quatro anos e o tempo voa. E por que não poderiam, algumas destas jogadoras com 18, 19 anos, fazer parte da seleção? Digo que depende do sonho de cada uma, da vontade de vestir esta camisa, e treinar e se dedicar muito. Esta é uma grande oportunidade, grande vitrine, e uma grande possibilidade. Estar em um Sul-Americano, representar o Brasil e estar entre as 14 tem muita representação. A gente torce para que se desenvolvam, que aproveitem esta oportunidade e se transformem em grandes campeãs – avaliou o técnico.

Zé Roberto considera o trabalho com atletas de base importante no foco do Brasil de permanecer entre as melhores seleções e para o desenvolvimento do vôlei brasileiro. Renovação que é uma realidade do esporte no país e deve ser acompanhado de perto. 

– Sempre foi a tônica do vôlei brasileiro: a gente pensa que vai perder algumas jogadoras importantes, mas outras vão aparecer. Faz parte e a gente tem que dar estas oportunidades para que elas se desenvolvam. Eu sempre digo que a seleção nunca fecha as portas para ninguém. É importante ver esta nova geração aparecendo, ter estas novas experiências em vários campeonatos, pois elas serão as jogadoras de amanhã. Que disputarão mundiais, jogos olímpicos, então é legal acompanhar o trabalho das jogadoras – ressaltou.

Amistosos contra o Barueri, acompanhamento da fase de treinamento e de jogos oficiais pelo Sul-Americano da categoria. Tempo suficiente para ter nomes que chamaram a atenção de Zé Roberto. Mas nada de revelar. As oportunidades ainda vão aparecer para as meninas. 

– Teve algumas que chamaram a atenção, mas não posso falar para não levantar nenhuma expectativa. A seleção tem um bom potencial e claro que me chamou atenção. Temos jogadoras altas, que são habilidosas e que, agora, tem que treinar, se dedicar, aprimorar mais que as oportunidades vão aparecendo – concluiu.



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