1/3 das mulheres sofre com falta de orgasmo; saiba como lidar

Conhecer e explorar o próprio corpo são caminhos para solução

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Falar de orgasmo feminino é sempre tratar de um assunto extremamente delicado, isso porque segundo dados do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, cerca de um terço das mulheres brasileiras nunca chegou ao clímax durante a penetração e nem mesmo pelo estímulo da região clitoriana. 

A falta de orgasmo é chamada de anorgasmia e pode ser total ou apenas parcial. Mas não importa a origem, tipo ou grau, o problema tem cura, segundo a fisioterapeuta uroginecológica e educadora sexual Débora Pádua. 

Um dos fatores para a anorgasmia é conhecido de muitas mulheres: a falta de conhecimento com o próprio corpo. "Muitas delas nunca tocaram nem o clitóris - que é ponto principal para chegar a ao clímax – e tão pouco conhecem ou tem a percepção da região pélvica”, explica Débora.

Segundo ela, a própria mulher se julga e julga muito o parceiro, deixando de sentir o toque, o cheiro e todos os momentos do sexo e prestando atenção em outras coisas.

O importante é que, independente do motivo, a especialista explica que a fisioterapia sexual pode desenvolver a autoconsciência do corpo humano e ser um tratamento para a anorgasmia. "O tratamento é basicamente uma academia para o fortalecimento do assoalho pélvico - que é composto por músculos - e assim como qualquer outro do corpo, precisa ser trabalhado", explica.

Tabu

Existe um tabu muito grande das mulheres não se masturbarem, não se tocarem ou não usarem brinquedos eróticos. Segundo Débora, vivemos em uma sociedade machista em que os homens são incentivados a se tocar desde novos e as mulheres não, mas aos poucos isso está mudando.

"Quanto aos brinquedos, muitas mulheres além de não se tocarem, acabam conhecendo depois de adultas que esses brinquedos são feitos exatamente para isso, para mudar justamente esse conceito", conta.

Mas o que as mulheres e seus parceiros devem entender é que quanto mais a mulher se tocar, se masturbar e se conhecer, mais fácil fica de chegar ao clímax ."Quando a mulher se conhece, ela pode indicar para o parceiro o que ela gosta e  o que ela quer ter para ter prazer. Quando ela sabe o que busca é mais fácil de fazer o parceiro encontrar", explica a especialista.

Clitoriano x vaginal

É muito mais fácil chegar ao ponto máximo do prazer através do clítoris, isso porque, segundo Débora, ele é externo e mais fácil de palpar. É no clítoris que as mulheres descobrem as sensações. Além disso, o canal vaginal é mais profundo, o que o torna mais difícil de encontrar prazer.

Apesar de algumas mulheres terem mais facilidade para chegar ao ponto máximo do prazer através da vagina, isso depende do experimento de sensações diferentes, e Débora dá a dica:"experimente sensações e dê outros estímulos a outras partes do corpo. Tudo isso ajudará o orgasmo vaginal".

Os dois tipos são bons e prometem levar as mulheres à loucura, a única diferença, segundo a ginecologista Rosa Maria Neme, é o ponto do corpo que está sendo estimulado. "O orgasmo clitoriano é mais fácil de ser atingido, porque o clitóris é um ponto específico, externo, de fácil acesso, com gatilho para a sensação de prazer. Isto difere do orgasmo vaginal, que muitas mulheres têm dificuldade de atingir, por estar condicionado a um ponto desconhecido e de difícil acesso".

Desinteresse na relação sexual

Muitas mulheres já relataram a falta de interesse em relações sexuais pela ausência da libido, por não conseguirem chegar ao clímax durante o sexo, mas a ginecologista diz que independente de chegar ou não ao ponto máximo, é essencial que a relação seja agradável. "O importante é que as mulheres se interessem por toda relação em si. Esse será o gatilho para disparar o orgasmo nas próximas vezes", finaliza.



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