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Após ser preso em flagrante por violência doméstica, lutador é encontrado morto em presídio de Porto Alegre

Leandro Frois Lopes, de 32 anos, havia sido preso em flagrante na noite de quarta (16), após uma briga com a esposa. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública, onde foi encontrado morto.

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Um homem foi encontrado morto na Cadeia Pública de Porto Alegre na madrugada de quinta-feira (17). Segundo a Polícia Civil, o lutador de Artes Marciais Mistas (MMA) Leandro Frois Lopes, de 32 anos, havia sido preso em flagrante na noite de quarta (16) após uma briga com a esposa. Ele era suspeito de ter agredido a companheira.

Conforme o boletim de ocorrência, a mulher relatou que havia sido agredida com tapas e esganadura, e que tinha marcas no pescoço. Ela informou aos policiais que queria representar criminalmente pela prisão do homem e fazer o pedido de Medida Protetiva de Urgência (MPU).

Os envolvidos foram encaminhados pela Brigada Militar para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde o flagrante foi registrado e uma fiança de R$ 5 mil foi estipulada para Leandro ser solto.

Ainda na delegacia, a polícia solicitou que o defensor público que estava de plantão no Palácio da Polícia atuasse na defesa de Leandro, por ele estar sem advogado. Ao G1, a Defensoria Pública informou que o defensor que atenteu o suspeito o questionou sobre o pagamento da fiança, e ele respondeu que não tinha o valor.

Assim, o defensor fez um pedido de liberdade, que foi enviado ao Poder Judiciário. Como o valor não foi pago, Leandro foi encaminhado para o sistema prisional durante a madrugada, onde aguardaria a decisão do juiz plantonista.

Segundo a polícia, horas depois, a Brigada Militar comunicou que Leandro havia se matado no presídio. O delegado Rodrigo Reis vai investigar o caso. "Vamos ouvir testemunhas e com laudo de necropsia saberemos [se ele se matou]".

Uma advogada que conhece a família, e que prefere não ser identificada, contou ao G1 que um policial militar falou para a mãe de Leandro não pagar a fiança e ficar com defensor público em vez de contratar um advogado. Segundo ela, o policial havia dito que Leandro não ficaria preso por muito tempo.

O 11° Batalhão da Polícia Militar (BPM) informou que dois agentes, um homem e uma mulher, atenderam a ocorrência e que em nenhum momento eles sugeriram que não era para pagar fiança. A BM acrescentou que os familiares de Leandro perguntaram quanto tempo ele ficaria preso e que o próprio Leandro disse que, por ser réu primário, não ficaria preso muito tempo.

A mãe de Leandro publicou no Facebook que o enterro do filho ocorre na tarde desta sexta no Cemitério Parque Jardim da Paz. O G1 não conseguiu contato com familiares.



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