Bispo leva drogas para igreja para oferecer a dependentes em culto

O homem participa do que seria uma sessão de cura

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- Vê o que que é primeiro?

- Cocaína!

- Você quer cheirar?

- Dá ai, deixa eu dar um tiro!

- Eu vou te dar. Pera ai. Você tá com muita vontade?

- Tô!

O diálogo acima ocorreu no púlpito de uma igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo, entre o bispo Rogério Formigoni e um homem que se disse viciado em “pedra, pó, cachaça, maconha” há 20 anos. Foi gravado e divulgado na página do Facebook pertencente ao líder religioso.

O homem participa do que seria uma sessão de cura ao lado de sua esposa. Ele afirma ter perdido tudo para a droga. Após o que seria um tratamento religioso feito pelo bispo, vem o momento da prova. “Cadê a cocaína que entregaram, antes de a gente jogar (fora) a gente faz um teste”, diz Formigoni. É entregue ao religioso um pino de plástico que, segundo ele, contém cocaína. “Sente o cheiro”, diz ao viciado, que faz cara de nojo após cheirar o pino. A mesma cena se repete mais adiante, porém com cerveja e maconha.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) afirmou que irá encaminhar uma cópia do vídeo para a Central de Inquéritos Policiais (CIPP), “requisitando a instauração de inquérito policial para apurar a veracidade das imagens”.

A polêmica de levar drogas para o púlpito está registrada nos comentários do post. “O pastor tem cocaína e maconha, que são drogas ilícitas, ou seja, comprou de algum traficante, de alguma forma contribuiu com o tráfico”, sugere um dos internautas.

Muitos questionaram ainda como o rapaz, que seria viciado há 20 anos em tantas drogas, tinha uma aparência tão saudável, e especulam se o ato sera uma encenação: “Ele sofreu 20 anos com o vício do crack. Mas, está com os dentes na boca, aparência saudável de quem se alimenta bem, vestindo roupas boas e saiu para comprar maconha sendo viciado em crack. Interpretação ninja”, escreveu outro.

Igreja envia nota

“A Universal não incentiva o porte de substâncias ilícitas nesses encontros. Mas, alguns dependentes que demonstram de imediato desejo de abandonar o vício e portam alguma droga consigo, querem deixá-la no altar, em um ato compartilhado de fé. Em tais casos, a Igreja comunica as autoridades competentes para as devidas providências quanto à sua destruição.”



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