Cesare Battisti é preso pela Polícia Federal dentro de sua casa em São Paulo

O ex-ativista foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio.

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O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (12) em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O ex-ativista foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio.

Em entrevista à Globo News em abril do ano passado, Battisti negou as acusações: "nunca matei ninguém." A juíza federal de Brasília Adverci Rates Mendes de Abreu atendeu, no início de março, o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e considerou nulo o ato do governo federal que concedeu permanência no Brasil a Battisti.

A magistrada determinou que a União inicie o procedimento de deportação para a França ou para o México, países pelos quais ele passou após fugir da Itália e antes de chegar ao Brasil. Na avaliação dela, Battisti está no Brasil em condição irregular.

O advogado que defende Battisti, Igor Tomasauskas, disse estar em busca de mais informações sobre a prisão. “Ainda não entendi o que aconteceu, estou buscando informações para defender meu cliente.” A Polícia Federal informou que Battisti permanecerá na Superintendência Regional da PF em São Paulo, na Zona Oeste da cidade, até a deportação ser efetivada.

Segundo o advogado do ex-ativista, Battisti estava em casa com a mulher e a filha no momento da prisão.

Condenação

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Em 2004, fugiu para o Brasil e foi preso em 2007. A Itália pediu extradição, e o Supremo concordou, mas destacou que a extradição é competência do presidente da República.

Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou Battisti alvo de perseguição e negou a extradição. O Supremo voltou a discutir o caso, mas considerou que a decisão do presidente tinha que ser respeitada. Cabe recurso da decisão à própria juíza, ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. A defesa de Battisti disse que vai questionar à própria magistrada o que chamam de "vício" da decisão por contrariar entendimentos anteriores do presidente da República e do Supremo.




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