Colégio pede que mães busquem crianças com roupas menos ousadas

O comunicado foi enviado em março e gerou polêmica

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Após emitir um comunicado no qual sugere que tipo de roupa deve ser usado por pais e responsáveis ao buscar seus filhos, uma escola de Recife pode ter de pagar uma indenização.

Isso porque o caso chamou atenção de uma promotora do DF, que entrou com uma representação formal no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para requerer uma indenização por danos morais coletivos. De acordo com informações, o Colégio Santa Maria afirmou que o texto é direcionado para todos os pais e estão de acordo com os princípios da instituição.

O comunicado foi enviado em março e pedia que os responsáveis por levar os estudantes até o colégio usassem roupas “menos curtas, menos decotadas, menos extravagantes”, além de afirmar que “bom senso e discrição são marcas de uma sociedade educada e moderna”. Madelayne Cavalcanti afirma que sentiu preconceito de outras mães por conta de seu trabalho como modelo e devido às críticas em relação a roupas tidas como “inadequadas”. 

“Eles me perguntaram como era a minha vida profissional, a relação com a minha filha. Eu disse que trabalhava como modelo, que já tinha feito alguns trabalhos para revistas e que tinha sido eleita a musa de um time. Só pararam de questionar o meu trabalho quando eu disse que o meu marido trabalhava na Justiça. Eu me senti arrasada, tipo um lixo”, garantiu a mulher.

Além disso, ela afirma que foi atacada em grupos de redes sociais formados por mães de outros estudantes e sua filha tem sofrido bullying. “Começaram a divulgar fotos dos meus trabalhos e da minha família e depois fui excluída. Depois de um tempo, percebi que fui o pivô do comunicado.” Madelayne ainda tentou se explicar, por meio de um vídeo, que suas roupas são condizentes com o calor de Recife.

Com a repercussão, a procuradora do Distrito Federal Roberta Fragoso entrou com a representação. “Não se trata de uma indenização para a moça em si, mas para um fundo do MPPE para combater e ter condições de fomentar os direitos humanos”, assegurou Roberta. O MPPE ainda não se pronunciou em relação ao caso.



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