CPI do BNDES convoca Eike Batista para depor na Câmara Federal

Eike terá que comparecer à CPI. A data ainda não foi marcada.

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A comissão parlamentar de inquérito que investiga financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) aprovou nesta quarta-feira (9), por unanimidade, a convocação do empresário Eike Batista para falar sobre financiamentos obtidos pelo Grupo EBX junto à instituição financeira.

Por se tratar de uma convocação, Eike terá que comparecer à CPI. A data ainda não foi marcada.

O requerimento de convocação, de autoria do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), afirma que o empresário recebeu mais de R$ 10 bilhões em crédito para suas companhias por terem sido “selecionadas” pelo governo federal para ser tornarem “gigantes em seus setores” e capazes de “competir globalmente”.

No documento, o deputado afirma que os problemas financeiros enfrentados, posteriormente, por parte das empresas de Eike justificam a convocação do empresário.

O advogado de Eike, Raphael Mattos, disse não ter sido informado ainda sobre a convocação.“A partir dos indícios divulgados por meios de comunicação e em função das dificuldades que passaram a ser enfrentadas pelas empresas de Eike Batista, surge a necessidade de investigar em quais circunstâncias ocorreram os pagamentos relatados, bem como a real existência e de que forma o banco oficial vem recuperando os recursos emprestados”, diz o parlamentar, no requerimento.

Em agosto, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou que os empréstimos do banco efetivamente contratados pelas empresas de Eike Batista somaram cerca de R$ 6 bilhões – de um total de R$ 10,4 bilhões aprovados pela instituição. Ele destacou, porém, que o banco não teve "nenhum centavo" de perda com essas operações de crédito.

De acordo com Coutinho, o BNDES não ofereceu financiamentos à empresa que foi a origem de todo o problema – a OGX, de petróleo.

"A OGX foi em larga medida financiada no mercado de capitais e na emissão de bônus no exterior. Houve uma expectativa de que essa empresa apresentaria um desempenho extraordinário e mercado apostou forte. Infelizmente, frustrou-se a curva de produção, dos resultados e houve derrocada dos valores", afirmou o presidente do BNDES, na ocasião.Antes de aprovar o requerimento de convocação de Eike, a comissão rejeitou, por 15 votos a 9, a convocação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores do grupo JBS/Friboi.



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