Diretor do Flamengo sobre babá: 'só trabalha aos finais de semana'

Claudio Pracownik, do Fla, é o protagonista da foto polêmica.

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A foto de um casal vestido de verde e amarelo acompanhado de uma babá nas manifestações deste domingo, dia 13 de março, causou polêmica nas redes sociais. Na imagem, o diretor de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, aparece caminhando em  Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando foi fotografado.

Ao chegar em casa, descobriu que a foto havia riralizado na internet e virado parte da discussão entre petistas e opositores. Foi criada, inclusive, uma charge que circulou bastante no Facebook. O registro ainda foi comparado com a arte de Debret, artista francês que retratava a sociedade escravocrata brasileira no século XIX.

Claudio Pracownik postou um desabafo, onde destacou que a babá só trabalha aos fins de semana e tem carteira assinada.

Confira o texto na íntegra!

"Sí Pasarán!"

"Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.

Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente.

A babá da foto, só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.

A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito.

Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.

Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.

Triste, só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.

Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.

O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles".



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