Arrecadação federal bate recorde para mês de setembro, afirma Receita

No mês passado, arrecadação somou R$ 90,72 bilhões, informou Receita

Receita Federal | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A arrecadação federal de setembro somou R$ 90,72 bilhões, novo recorde para este mês, segundo informações divulgadas pela Secretaria da Receita Federal nesta quarta-feira (29).

O valor foi impulsionado pelo pagamento, da segunda parcela, de contribuintes que participam do Refis da Copa — programa de parcelamento das dívidas com o governo lançado neste ano - que somou R$ 1,63 bilhão no mês passado.

Em setembro de 2013, a arrecadação federal, ainda segundo números oficiais, somou R$ 89,89 bilhões (valor corrigido pela inflação). Com isso, foi registrado um aumento real de 0,92% frente ao mesmo mês do ano passado.

 Deste modo, o recorde para meses de setembro foi obtido somente por conta do ingresso dos recursos do Refis da Copa. Sem essa receita extraordinária, a arrecadação teria registrado queda real de 0,89% frente ao mesmo mês do ano passado.

Desonerações em setembro

Segundo o governo, as reduções de tributos realizadas nos últimos anos tiveram impacto de R$ 8,39 bilhões na arrecadação de setembro deste ano, contra R$ 6,8 bilhões no mesmo mês de 2013. Para estimular o consumo, o governo tem feito desonerações (descontos ou isenções de impostos).

Foi reduzida, por exemplo, a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros novos, móveis e eletrodomésticos da linha branca (como geladeiras e fogões). Medidas como essa também significam menor arrecadação federal.

Acumulado da arrecadação de janeiro a setembro

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda de acordo com dados oficiais, a arrecadação federal totalizou R$ 862,5 bilhões. O valor representa aumento real de 0,67% frente ao mesmo período do ano passado, batendo recorde para o período de janeiro a setembro.

Entretanto, esse recorde também só foi obtido por conta do Refis da Copa. Sem os valores arrecadados com o parcelamento (R$ 8,76 bilhões em agosto e setembro), a arrecadação teria registrado uma queda real de 0,33% nos nove primeiros meses de 2014.

A arrecadação tem sofrido impacto, neste ano, do fraco nível de atividade econômica, o que gera menos recolhimento de tributos. Segundo o Fisco, a produção industrial recuou 3% até setembro e as vendas de bens e serviços caíram 0,88%.

Além disso, as reduções de tributos também têm influenciado o resultado. Nos nove primeiros meses deste ano, a renúncia fiscal (recursos que deixaram de ser arrecadados) somou R$ 75,69 bilhões, contra R$ 55,9 bilhões no mesmo período de 2013.

Previsão para este ano cai de novo

O secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, baixou novamente sua estimativa para o crescimento real da arrecadação em 2014. No início do ano, o Fisco estimava uma alta de 3,5% na arrecadação, valor que já havia recuado para 2% e depois para 1% de crescimento. Nesta quarta-feira (29), ele informou que a elevação real da arrecadação será menor do que 1% em 2014.

Arrecadação por tributos

A Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 230 bilhões de janeiro a setembro deste ano, com aumento real de 1,72% sobre o mesmo período de 2013.

No caso do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a arrecadação somou R$ 95,2 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, com queda real de 2,41%. Sobre o IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 22,8 bilhões até setembro deste ano, com aumento real de 1,7%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) arrecadou R$ 112,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, com alta real de 5,53% sobre o mesmo período de 2013.

Com relação ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 37,39 bilhões no acumulado deste ano, com alta real de 1,04% sobre igual período de 2013. Já o IPI-Outros somou R$ 15,9 bilhões neste ano, até setembro, com alta real de 4,2%.

No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve uma queda real de 6,22%, para R$ 22 bilhões de janeiro a setembro deste ano. Neste caso, a arrecadação foi influenciada pela desaceleração no ritmo dos empréstimos bancários.

A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 145,75 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, com queda real de 3,74%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 51,11 bilhões até agosto deste ano, com aumento real de 0,18%.

Clique e curta o Portal Meio Norte no Facebook



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES