Cadeirante percorre 100km e 3 agências da Caixa para sacar FGTS

Por fim, conseguiu pegar o dinheiro em Goiânia

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O ex-entregador Leandro Anstunes de Souza, de 33 anos, que ficou tetraplégico, enfrentou uma saga para conseguir sacar o dinheiro de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): passou por três agências e percorreu 100 km. Morador de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, ele só conseguiu pegar os R$ 700 nesta quinta-feira (13), em uma agência da capital que teve o horário estendido (veja lista).

A saga começou no sábado (8), primeiro dia de saques para quem nasceu entre março a maio. Leandro e a mãe, a costureira Maria do Carmo Souza, de 57 anos, foram à agência de Goianira sacar o dinheiro. Porém, criminosos explodiram a unidade da cidade e não há previsão para retorno do atendimento.

Na terça-feira, a dupla percorreu 20 km até Inhumas. Segundo Leandro, ele esperou duas horas até a senha dele ser chamada. Ao chegar ao caixa, o sistema caiu. Mãe e filho ficaram mais uma hora na unidade, mas não deu certo e voltaram para casa sem dinheiro.

"O atendente disse que não tinha hora para voltar o sistema. E o moço que levou a gente tinha compromisso. Depois de três horas lá tive de voltar para casa sem o dinheiro", relatou. A Caixa informou que o atendimento na unidade já está regularizado.

Na manhã desta quinta-feira, mesmo sem saber que a agência da capital abriria mais cedo, Leandro resolveu arriscar, pegar um ônibus e viajar 30 km até Goiânia. Finalmente, deu certo. Com o dinheiro no bolso, a viagem de volta ficou melhor.

"Não estou nem acreditando. Já estava achando que não era para receber esse dinheiro", brincou.

Leandro sacou o dinheiro de duas empresas que trabalhou como entregador. Inclusive, foi durante uma entrega que ele sofreu um acidente, em outubro de 2011, e ficou tetraplégico. Desde então, o goiano e a mãe vivem com o dinheiro da aposentadoria.

“Veio em uma hora boa esse dinheiro. Tem conta demais para pagar. Tenho que comprar remédios para minha mãe que passou por uma cirurgia. Ela não trabalha desde o acidente porque tem que cuidar de mim”, relata.

O movimento em agências da Caixa da capital foi tranquilo nesta manhã. Muitos trabalhadores não sabiam do horário estendido, das 8h às 16h.



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