Procurador-geral e promotor são baleados por servidor no MP-RN

Antes de atirar, Guilherme disse: “A vingança vem a galope”.

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis, foi o primeiro alvo dos disparos feitos por um servidor no final da manhã desta sexta-feira (24) dentro da sede do Ministério Público do Estado. Contudo, o suspeito errou o tiro. Na sequência, em meio ao corre-corre, acabaram baleados o procurador-geral adjunto, Jovino Sobrinho, e o promotor público Wendell Beetoven.

As informações foram confirmadaspelo próprio MP, com base em relatos de testemunhas que participavam da reunião na sala de Rinaldo, onde ocorreu o atentado.

Ainda de acordo com as testemunhas, o servidor Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, trabalhou normalmente pela manhã. Chegou sem a jaqueta que ele aparece usando nas imagens divulgadas pelo MP e foi direto para sala que ocupa na 1ª Procuradoria de Justiça. Ainda durante o expediente, o servidor juntou alguns documentos e seguiu para a sala de Rinaldo usando a jaqueta branca e armado.

Já dentro da sala, Guilherme se aproximou do procurador-geral e colocou a papelada sobre a mesa. Naquele momento, Rinaldo questionou o servidor sobre o que estava acontecendo. Guilherme respondeu: “A vingança vem a galope”. Em seguida, o servidor sacou a arma, apontou para Rinaldo e puxou o gatilho.

“Por sorte ele errou. Então começou uma correria. Daí o Guilherme atirou na direção dos promotores que tentavam sair da sala. Foi quando o promotor Wendell Beetoven foi atingido nas costas. Já num gabinete anexo, Guilherme fez outros disparos e acertou duas vezes o procurador Jovino Sobrinho”, relatou uma das testemunhas.

Antes de ir para a sala do procurador-geral, segundo outra testemunha, funcionárias do gabinete chegaram a perguntar por que Guilherme estava usando jaqueta, embora estivesse suando bastante. “Ele não respondeu. Apenas disse que precisava falar com Rinaldo com urgência. Então Guilherme abriu a porta da sala e entrou”, acrescentou.

As testemunhas também revelaram que, após os disparos e já em fuga, Guilherme cruzou por seguranças do prédio e avisou para que corressem para a sala do procurador-geral, porque havia “um maluco atirando em todo mundo”.

Depois disso, Guilherme foi para o estacionamento, onde fez novos disparos contra a segurança. Neste terceiro momento ninguém foi ferido, e o servidor fugiu.

A polícia faz buscas pelo servidor. Nem o Ministério Público nem a Polícia Militar sabem explicar o que pode ter motivado o atentado.

Feridos

Segundo o MP, o procurador adjunto, que foi atingido duas vezes no abdômen, foi levado para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho. Ele está no Centro Cirúrgico.

Já o promotor Wendell Beetoven, que foi baleado nas costas, recebeu os primeiros atendimentos ainda no local, mas também já foi levado para o hospital.

Beetoven, que durante muitos anos atuou na Promotoria de Investigação Criminal e Combate ao Controle Externo da Atividade Policial, atualmente estava lotado na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, atuando como coordenador jurídico.

Investigação

Delegado do 5º Distrito Policial, René Lopes disse que vai iniciar as investigações ouvindo testemunhas. “O local foi preservado e a equipe do Itep [Instituto Técnico-Científico de Polícia] vai trabalhar no local”, relatou.

Ainda de acordo com o delegado, o servidor usou um revólver, mas ainda não há informações se ele tem porte ou posse de arma de fogo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES