Programa “Minha Casa Melhor” deve ter impacto marginal para varejo

Apesar da linha de crédito ser de R$ 18,7 bilhões, governo injetará R$ 8 bilhões na Caixa Econômica Federal para o financiamento do programa

Consumidores examinam equipamento de som em loja | Nacho Doce/Reuter
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As empresas de varejo podem se beneficiar com o programa de subsídio à compra de móveis e eletrodomésticos Minha Casa Melhor, lançado na quarta-feira pelo governo federal, mas o impacto sobre os resultados das companhias deve ser marginal, devido a demanda incerta e margens estreitas.

Apesar da linha de crédito ser de 18,7 bilhões de reais, o governo injetará, a princípio, 8 bilhões de reais na Caixa Econômica Federal para o financiamento do programa.

Como a liberação dos recursos totais depende da procura, analistas do setor de varejo ainda tem dúvidas se as 3,7 milhões de famílias que participam do Minha Casa Minha Vida, únicas elegíveis para a linha de financiamento, chegarão a contratá-la de fato.

Coordenador do núcleo de estudos do varejo da ESPM, Ricardo Pastore avalia que o programa deverá promover um "estímulo adicional" ao consumo, em não uma corrida às lojas.

"Primeiro, ele precisa chegar a uma parte da população que é mais difícil de atingir. Muita gente já tem acesso ao crédito e acaba parcelando as compras no cartão, o que é mais fácil" que visitar uma agência da Caixa para se habilitar aos recursos, disse ele.

O programa Minha Casa Melhor foi lançado em um momento em que a economia tem mostrado sinais fracos de retomada e em meio a afirmações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo poderá cortar gastos para atingir a meta de superávit primário de 2,3 por cento.



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