Saiba quais são os Estados mais atrativos para os investidores

Terceiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros mostra que, apesar da desaceleração econômica, as empresas ainda têm espaço para crescer no país

Reprodução | Reprodução/Internet
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Com a recuperação gradual das economias desenvolvidas e a desaceleração nos países emergentes, o ambiente de investimentos se torna mais desafiador no Brasil. Depois do boom econômico que terminou em 2010, o país tem urgência em recuperar o ritmo de crescimento, que não deve passar de 1% em 2014, como esperam os analistas ouvidos pelo Banco Central. Retomar o círculo virtuoso requer reformas estruturais não apenas no âmbito do governo federal, mas também nas administrações estaduais e municipais. Os governantes devem ter em mente os objetivos essenciais para o desenvolvimento de qualquer economia: aumentar o investimento, a eficiência e a produtividade.

Essas são as principais conclusões do terceiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), consultoria ligada ao grupo da revista The Economist, mostra pelo terceiro ano seguido que somente seis Estados apresentam ambiente de negócios adequado para quem pretende atuar no setor produtivo brasileiro: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

De acordo com o levantamento, São Paulo segue encabeçando a lista dos Estados com melhor ambiente de negócios do país, seguido por Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Mas, ao comparar o desempenho geral dos Estados com os estudos publicados em 2011 e 2012, o relatório mostra que muitos pontos fracos prejudiciais à economia brasileira permanecem sem melhorias. "O sistema tributário e a burocracia na abertura de empresas continuam impactando negativamente até mesmo os Estados com melhor colocação no ranking", diz o estudo. A falta de mão de obra qualificada, tal como nos anos anteriores, segue como entrave para o avanço do ambiente de negócios no país.

O estudo avaliou ainda o impacto político das manifestações de julho de 2013 para o Brasil. Segundo a EIU, a estabilidade política não saiu arranhada e mais de dois terços dos Estados brasileiros possuem níveis satisfatório ou forte nesse quesito. Contudo, o levantamento aponta que, caso os governos falhem em entregar à população o que foi prometido durante e após as manifestações, o cenário de instabilidade pode contaminar o país no futuro, prejudicando o ambiente de negócios. A EIU nota as manifestações de junho como um importante período de mudanças para a sociedade.

No âmbito de infraestrutura, apesar das obras levadas adiante para a Copa do Mundo de 2014, a EIU mostra que houve piora nesse quesito ao longo dos últimos três anos, evidenciando os investimentos insuficientes e a execução falha e morosa dos projetos. "A qualidade das estradas piorou em muitos Estados desde a primeira edição desse estudo, ainda que nos locais onde houve concessões, o desempenho foi melhor", aponta o estudo. As únicas mudanças perceptíveis em infraestrutura ocorreram nas telecomunicações, com o avanço da tecnologia 4G no país. Contudo, há a ressalva de que a rede das operadoras ainda é falha em Estados do Norte e Nordeste.

Apesar do ambiente ainda muito desafiador, a EIU reitera, como nos anos anteriores, que o Brasil oferece oportunidades devido ao seu mercado consumidor, que cresce de forma cada vez menos concentrada devido à expansão agrícola no Centro e no Norte do país. O desenvolvimento do Nordeste também segue como ponto de atração de investimentos, assim como Sul e Sudeste, devido à grande concentração populacional e também à maior renda.



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