Estados Unidos anuncia retomada de relações diplomáticas com Cuba após anos de hostilidade

“Espero engajar o Congresso em um debate honesto acerca do levantamento do embargo”, afirmou.

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Após anos de hostilidade, os EUA e Cuba anunciaram nesta quarta-feira (17) retomada das relações diplomáticas entre os dois países.

Obama anunciou, em discurso, a intenção de normalizar relações entre os dois países. Segundo o presidente dos EUA, a medida visa “criar mais oportunidades para o povo cubano e americano, e começar um novo capitulo entre as nações das Américas”.

Ele afirmou, no entanto, que o embargo, em vigor desde 1961, terá que ser discutido no Congresso, de maioria Republicana. "Espero engajar o Congresso em um debate honesto acerca do levantamento do embargo", afirmou.

O presidente de Cuba, Raúl Castro, também falou em seu discurso que a intenção é de normalizar os laços entre os dois países, e disse que o processo será baseado nos princípios do direito internacional e na carta das Nações Unidas. É a mudança mais significativa na relação dos EUA com a ilha comunista desde 1961.

Em seu discurso, Obama arriscou palavras em espanhol, e citou o poeta cubano José Martí: "Liberdade é o direito de todo homem de ser honesto".

A decisão vem junto com uma série de medidas e longas conversas entre os dois países e a libertação de um prisioneiro americano, Alan Gross, detido em Cuba desde 2009. De acordo com Obama, sua prisão era um dos obstáculos para a retomada de relações. A ilha também liberou um agente de inteligência americano que estava detido no país há mais de 20 anos. Sua identidade não foi revelada, por motivos de segurança.

Em troca, os EUA libertaram três cubanos acusados de espionagem que estavam presos no país. Obama afirmou que os EUA vão abrir embaixada em Havana nos próximos meses. Segundo o New York Times, Cuba também deve abrir representações diplomáticas nos EUA.

As conversas entre as duas nações vêm ocorrendo mais intensamente desde junho de 2013 e tiveram como principais intermediadores o Canadá e o Vaticano.

O papa Francisco, primeiro latino-americano a ocupar o cargo, incentivou Obama em uma carta e também em um encontro com o presidente a retomar as conversas com a ilha comunista e a buscar uma relação mais próxima com Cuba. Ele também fez um apelo pessoal ao presidente de Cuba, Raúl Castro.

Castro também agradeceu o apoio do Vaticano, especialmente do papa Francisco. “Ao governo do Canadá, pelas facilidades criadas para a realização do diálogo entre os dois países”, afirmou em seu discurso.

Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, discutiram as mudanças em conversa telefônica na terça-feira (16) que durou quase uma hora.

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