Família interrompe velório após achar que o morto estava vivo

Corpo foi levado ao hospital, onde a morte foi constatada

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os familiares de um homem de 44 anos passaram por um susto na manhã desta quarta-feira. Morador de São José das Palmeiras, no Paraná, Neimar Bonetti teve morte constatada em um hospital na noite de terça (08).

Entretanto, durante o velório, em Santa Helena, a 609km de Curitiba, parentes acharam que o corpo "ainda estava quente". Apavorados, chamaram um médico que, em um exame, identificou batimentos cardíacos. Foi feita a remoção para uma emergência, onde, em nova avaliação, a morte foi confirmada.

O velório recomeçou, e Neimar, que morava em um assentamento de sem-terra e, ao que tudo indica, morreu por infarto, será enterrado ainda nesta quarta-feira. Mas, na pequena cidade de cerca de 23 mil habitantes, os moradores chegaram a pensar que tinha ocorrido um milagre. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o homem aparece dentro caixão, enquanto um oxímetro (aparelho usado para medir a frequência cardíaca) em seu dedo mostra a presença dos batimentos.

A dona da funerária responsável pelo preparo do corpo, Terezinha Maria, contou que quando o médico constatou os batimentos no meio do velório foi uma comoção. Ela explicou que após passar por um tanato, procedimento em que são retirados sangue e fluidos corporais que permanecem no corpo, o homem só poderia estar vivo por um milagre.

"Com 43 anos de funerária foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. Não existe fazer tanato com a pessoa e ela continuar viva, só por milagre. Eu fui para casa, mas falei que quando chegasse a hora colocaria ele de volta no caixão", contou Terezinha.

O médico responsável pelo atendimento no velório, Fernando Santim, explicou que precisou levar o homem até o hospital para fazer outros exames para confirmar se estava vivo ou não. No hospital, foi feito um eletrocardiograma, um exame clínico e Neimar foi avaliado por outros dois médicos que constataram a morte.

"Normalmente, o coração depois do óbito ainda emite uma atividade elétrica por algum período. Eu fui acionado junto com uma enfermeira e levei um oxímetro que constatou o pulso, mas precisei levar para o hospital para confirmar. A gente entende a família, mas o que eu fiz foi só tranquilizá-los. Se estivesse vivo, nós tomaríamos as providências, mas realmente ele estava em óbito", explicou Santim.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES