FMS realiza campanha contra hanseníase para mobilizar teresinenses

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2013, o Brasil registrou 31.044 novos casos de hanseníase. Já no ano passado, dados preliminares apontam que 24.612 novos casos foram identificados

FMS | Moises Saba
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A hanseníase ainda é um tabu para muitas pessoas no país, principalmente pelo difícil diagnóstico da população e, em alguns casos, dos próprios profissionais de saúde, que não conseguem classificá-la nos primeiros sinais e sintomas, somente com algum grau de incapacidade física do indivíduo infectado.

No intuito de mobilizar a população teresinense, que o Conselho Estadual de Saúde, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) se uniram na segunda-feira, 26, na entrada do Shopping da Cidade, na região central de Teresina, em prol da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, que foi celebrado no último domingo.

A hanseníase atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e o nariz, que pode causar deformidades físicas, caso não seja diagnosticado imediatamente. Sendo que o tempo de contágio e do aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois a mais de 10 anos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2013, o Brasil registrou 31.044 novos casos de hanseníase. Já no ano passado, dados preliminares apontam que 24.612 novos casos foram identificados no país.

As áreas de maior risco estão concentradas no Mato Grosso, no Pará, Maranhão, em Rondônia, no Tocantins e em Goiás. O Piauí também está entre os Estados com número elevado de casos. Em 2013, foram apontados 390 novos casos, já em 2014 cresceu para 431 novos casos.

Salmon Alencar, técnico da coordenação de Hanseníase de Teresina, alerta que a hanseníase não tem prevenção, é uma bactéria presente em vários lugares, mas garante que é uma doença com baixos riscos de infecção.
"Não dá para prevenir, onde andamos encontramos o bacilo que causa a hanseníase, que é o Mycobacterium leprae.

O contágio é por via respiratória, através da fala, espirro e tosse. Apesar disso, a hanseníase tem uma baixa infectividade. Muita gente recebe o bacilo, mas poucas adoecem. Não tem faixa etária específica para o contágio", esclarece Salmon Alencar.

Para o técnico e enfermeiro Salmon Alencar, a duração do tratamento vai depender da carga bacilar da pessoa diagnosticada, que em todos os casos, há cura total da doença.

"O tratamento depende da carga bacilar da pessoa, têm umas que possuem baixa carga, o tratamento chega a seis meses e tem aquelas que têm alta carga, que trata em 12 meses.

A cura é garantida para ambos os casos. E se diagnosticado precocemente, após a cura, o corpo apresentará menos sequelas. Por isso, ao se perceber uma mancha branca no corpo, é preciso rapidamente ir a um posto de saúde para verificar se é ou não hanseníase", afirma Salmon Alencar.

Preconceito ainda é obstáculo para diagnóstico

De acordo com Lucimar Batista, coordenadora do Morhan Piauí, o maior problema do diagnóstico está no preconceito que a sociedade tem com quem tem ou teve hanseníase, principalmente pela desinformação.

"O maior mal da hanseníase é o preconceito da sociedade. Por conta da desinformação ou mesmo de ter informação errada sobre a doença. A hanseníase, em qualquer fase da doença, tem cura, o que aumenta são as sequelas no indivíduo.

Quanto mais rápido for diagnosticado, menor serão as sequelas. É importante destacar que quem está em tratamento, tomando os devidos medicamentos, não oferece riscos de transmissão a ninguém mais", explica Lucimar Batista.

Os organizadores da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase chamam a atenção dos teresinenses para o mutirão que ocorrerá sábado, 31, em toda a capital, a fim de diagnosticar a população. O atendimento ocorrerá das 8h às 17h, no Hospital da Primavera, do Promorar, no Hospital do Dirceu e no Hospital do Satélite.

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