Governador apresenta proposta para crescimento econômico do país

Dias apresentou uma proposta para o crescimento econômico do Brasil

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Durante encontro dos governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste com o presidente da República, Michel Temer, nessa terça-feira (04), no Palácio do Planalto, Wellington Dias apresentou uma proposta para o crescimento econômico do Brasil. A sugestão tem como base o modelo de outros países, cujo foco é planejar o aumento da dívida em mais três pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) e aplicar em investimentos.

“Esse projeto já foi apresentado e, na época, a dívida estava em 56% do PIB. Hoje, por conta de altos juros e queda na economia, a dívida beira os 70%. Esses três pontos elevariam de 70% para 73% do PIB, o que equivaleria a um valor de R$180 bilhões, sendo R$ 60 bilhões para concluir 25 mil das 30 mil obras em 5.600 municípios brasileiros e gerar mais de um milhão de empregos nos próximos 12 meses”, explica o governador.

Ainda segundo Dias, os R$ 120 bilhões restantes seriam aplicados em obras estruturantes, que são capazes de reduzir custos e fazer a economia crescer. “Vale ressaltar que tais obras seriam em conjunto com o setor privado, na construção de ferrovias, portos, aeroportos, metrôs, energia, parcerias público-privadas e, ainda com obras complementares para indústrias, empreendimentos agrícolas, mineração, gás e petróleo, turismo e outros serviços que, ao todo, gerariam mais de dois milhões de empregos”, complementou Wellington.

A segunda medida apresentada pelo governador do Piauí seria a fixação em U$ 350 bilhões do "colchão" das reservas cambiais e excedentes. Cerca de U$ 26 a 30 bilhões se destinaria para quitar a dívida da União e abrir espaço para, diretamente ou por meio da rede bancária, captar dinheiro no exterior a baixas taxas (2% a 4%), em um prazo de 15 a 25 anos, com carência de 3 a 4 anos.

A convite, Wellington Dias apresentou a proposta, nesta quarta-feira (05), à bancada do Nordeste, em encontro que contou com a participação de diversos membros da equipe do governo federal e com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). “Com o projeto, é possível a ampliação de investimentos na carteira, estimada em U$ 400 bilhões de obras e empreendimentos não iniciados ou parados em razão do ambiente econômico ou político em que vivemos atualmente. O objetivo também é gerar mais emprego e crescimento da economia. A proposta foi bem recebida pela bancada”, atentou o chefe do executivo.

Economia do país

Outro ponto discutido foi a mudança do cenário na economia do país. “É preciso adequar o cenário econômico. O câmbio tem ficado em um bom patamar, com o dólar na casa de U$ 3,20. A inflação pode chegar no final de 2016 próximo de 7% e em 2017 na casa de 6% a 7%. É um crime manter a Taxa Básica de Juros em 14,25% com uma inflação de 7%. É necessário que os juros sejam menores. O razoável é que não ultrapasse de dois pontos percentuais da inflação, exceto em casos extremos”, destacou Dias.

“Sabemos que a saída definitiva é fazer a economia crescer, ampliar empreendimentos e gerar mais emprego e renda. Para isso, defendemos fixar em 90% os gastos para despesas em relação às Receitas Correntes Líquidas. A intenção é alcançar um mínimo de 10% de capacidade de investimentos em 10 anos para todos os estados, municípios e União. Cada estado faz o seu plano de meta para destinar recursos à educação, saúde, segurança, dentre outros. Com isso, teremos dinheiro o suficiente para obras, modernização dos serviços e estímulo ao crescimento econômico no Brasil inteiro. Governar não pode ser só pagar folha de pessoal ativo, aposentado e pensionistas. É preciso capacidade de investimento”, finalizou Wellington.

Outras pautas

Na reunião, ficou acertado ainda que há R$ 14 bilhões que pertencem aos estados oriundos de Fundo de Participação e da Lei Kandir e que não foram repassados aos estados. No entanto, devido à dificuldade financeira, R$ 7 bilhões serão repassados para que os estados possam fechar o ano de 2016.

O governador também participou, a convite do presidente Renan Calheiros, de agenda com líderes sobre a Reforma Política, que prevê estabilidade política duradora: eleições mais baratas e valorização da Carta-Compromisso, fim da coligação partidária, fim da reeleição, coincidência dos mandatos, misto de financiamento de pessoas físicas com teto estabelecido e financiamento público de campanha.



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