Homem morre por vírus jamais visto nos EUA depois de ser picado por carrapatos

Esta é a primeira vez que o CDC identifica a incidência do thogotovírus em células sanguíneas.

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Um homem do Kansas que ficou muito doente após uma picada de carrapato, morreu 11 dias depois, por conta de um vírus recém-descoberto, nunca antes visto nos EUA.

 Saudável e em seus 50 anos de idade, a vítima ficou doente depois de receber uma picada de carrapato enquanto realizava trabalhos rotineiros em sua propriedade, ao ar livre. Embora ele tenha sido tratado com antibióticos, seus órgãos começaram a sofrer falência e ele perdeu a capacidade de respirar por conta própria.

Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) investigaram o sangue do homem e descobriram que ele havia sido infectado por um vírus não identificado anteriormente, pertencente ao grupo thogotovírus, que nunca antes tinha causado doenças humanas no país. O CDC denominou o vírus de 'Bourbon', de acordo com o jornal EUA Today.

Antes do homem de Kansas, haviam apenas oito incidentes causados por essa estirpe dos thogotovírus, gerando sintomas em humanos. Todos eles ocorreram na Europa, Ásia ou África.

Esta é a primeira vez que o CDC identifica a incidência do thogotovírus em células sanguíneas.

Os sintomas do homem de Kansas eram semelhantes a uma doença bacteriana transmitida por carrapatos. Seus glóbulos brancos e plaquetas, que respectivamente combatem infecções e ajudam na coagulação do sangue, estavam em declínio. Em contraste, os thogotovírus são conhecidos por causar meningite.

De acordo com o epidemiologista do CDC, J. Erin Staples, o vírus Bourbon poderia existir por anos e só passou despercebido porque os sintomas de outras pessoas eram muito leves, ou o vírus pode ter evoluído recentemente, ficando mortal.

Amesh Adalja, associado sênior do Centro para a Segurança de Saúde do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, disse que as autoridades de saúde devem, a partir de agora, determinar o quão disseminado está o vírus Bourbon em carrapatos, animais e seres humanos, para que possam "entender o espectro da doença e o que ela é capaz de causar”.

“É importante não deixar dúvidas quando se investiga doenças inexplicáveis, para que o seres humanos possam se preparar para ameaças microbianas”, disse ele.



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