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Brasileiro que assediou russa foi punido por dever pensão à ex

Ele teve o bloqueio de sua conta bancária.

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Um dos brasileiros que aparecem no vídeo em que um grupo de homens vestidos com a camisa da seleção assedia uma jovem russa já foi identificado. É Diego Valença Jatobá, pernambucano do Recife que foi secretário de Turismo de Ipojuca (PE), o município onde está localizada a praia de Porto de Galinhas. Ele foi condenado por mau uso do dinheiro público, enquanto esteve à frente da pasta em 2012, e também por dever, segundo a Justiça, R$ 37.561,83 de pensão alimentícia à ex-mulher, cujo processo foi iniciado em 2014. Neste caso, a juíza Ana Emília de Oliveira Melo, da 3.ª Vara de Família e Registro Civil de Pernambuco pediu o bloqueio de conta bancária. O processo está na primeira instância.

Diego já foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) por irregularidades na prestação de contas do município de 2012 (o processo ainda não foi totalmente finalizado e cabe recurso). O advogado atuou na pasta durante a gestão do prefeito Pedro Serafim (PDT).

Segundo o processo no TCE-PE, Jatobá infringiu o artigo 89 da Lei de Licitações, que fala sobre a dispensa de licitação de contratos fora das hipóteses previstas na lei. De acordo com o tribunal, foram gastos R$ 2.212.866 em 12 processos de inexigibilidade para a compra de carteiras escolares, livros paradidáticos, kits de alfabetização e contratação de artistas, todos sem licitação, e o último item de forma irregular, pela Prefeitura de Ipojuca, onde fica a praia de Porto de Galinhas.

Jatobá entrou com dois recursos para contestar a decisão, ambos já julgados. Um manteve a rejeição das contas do município, mas extinguiu o débito da multa. O outro recurso, de Embargos de Declaração, foi negado pelo TCE-PE por entender que não houve omissão, contradição ou obscuridade na decisão do tribunal. O processo ainda está em andamento e o último movimento foi em abril de 2018.

Alguns brasileiros, revoltados com o caso, escreveram nesta segunda-feira para a Embaixada do Brasil pedindo desculpas em nome do povo pelo comportamento de seus compatriotas. Houve até quem pedisse a deportação do grupo para o Brasil. Foram mais de 10 cartas recebidas até a tarde de hoje.

Pela lei, as autoridades russas não podem fazer nada diante do caso se a própria jovem não der queixa. Caso ela a faça, eles poderão ser presos e até deportados para o Brasil pela polícia do país da Copa.

Outros compartilham fotos de Diego com o filho, que estavam abertas nas redes sociais, com frases de caça às bruxas, criticando sua postura machista e desrespeitosa.

Na Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, em Ipojuca, funcionários disseram não se espantar com o comportamento de Diego, apesar de lamentarem o ocorrido.



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