China terá 3 bi de bebês por ano com fim da política de filho único

Mais 90 milhões de mulheres ficam autorizadas a ter um 2º filho

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O vice-ministro da Comissão Nacional da Saúde e Planejamento Familiar chinês, Wang Peina, estimou hoje (10) em mais de 3 milhões os bebês que nascerão anualmente na China depois da abolição da política de "um casal, um filho".

A medida, anunciada no mês passado pelo Comitê Central do Partido Comunista Chinês, visa a conter a crescente pressão na economia imposta pelo rápido envelhecimento da sociedade.

Trata-se de uma ampliação de flexibilização da política de filho único, iniciada em 2014 e que permitia aos casais em que ambos os cônjuges são filhos únicos ter uma segunda criança.

Mais 90 milhões de mulheres ficam assim autorizadas a ter um segundo filho, mas cerca de metade tem de 40 a 49 anos, o que poderá "constituir um limite ao seu desejo ou capacidade de ter outra criança", lembrou Wang. Algumas poderão se sentir "relutantes", enquanto outras "não estarão aptas a dar à luz", acrescentou.

Em Pequim, apenas 10% dos casais se inscreveram para ter um segundo filho, desde que, no ano passado, o governo chinês decidiu aliviar a política, imposta em 1980.

No total, até 2050, a abolição poderá acrescentar 30 milhões de pessoas à população em idade ativa, afirmou o vice-ministro. "A curto prazo, a política de dois filhos por casal irá guiar o consumo de habitação, educação, saúde, economia doméstica e as necessidades do dia adia, estimular o investimento em setores relacionados e aumentar a oferta de emprego".

Wang disse ainda que a medida deverá resultar em um aumento de 0,5% na taxa de crescimento econômico. Pelas contas do governo, sem a política de "um casal, um filho", em vez de cerca de 1,35 bilhão de habitantes, a China teria hoje quase 1,7 bilhão.

Desde a implementação da política "um casal, um filho", os hospitais do país fizeram 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações, segundo dados oficiais chineses.

Para o governo, a política de filho único constitui um mal necessário, permitindo o aumento do Produto Interno Bruto per capita, da esperança média de vida (agora em 75 anos) ou do nível de escolaridade da população.



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