Herdeiro da Samsung é preso por escândalo político na Coreia do Sul

Ele é acusado de corrupção ativa e outros delitos no escândalo

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Uma corte sul-coreana ordenou a prisão do herdeiro da Samsung acusado de corrupção ativa e outros delitos no escândalo político que resultou no afastamento da presidente Park Geun-hye. O Tribunal do Distrito Central de Seul deu aval à detenção de Lee Jae-yong, vice-presidente da gigante tecnológica, e poderá mantê-lo preso por 20 dias antes de formalmente indiciá-lo.

Lee foi preso durante a manhã, horário local.

"Reconhecemos a causa e a necessidade da prisão", disse o juiz responsável pela definição sobre o pedido contra Lee.

O procurador especial buscou uma ordem de prisão contra Lee, o acusando de subornar Choi Soon-sil, uma amiga próxima de Park, para obter o apoio do Serviço Nacional de Pensões da Coreia do Sul para uma polêmica fusão de duas filiais da Samsung em 2015. Os valores totais estimados da propina giram em torno de US$ 37 milhões. A fusão ajudou a cimentar seu controle sobre o império de negócios que inclui desde smartphones até biofarmacêuticos.

Em janeiro, o tribunal rejeitara o pedido de prisão preventiva contra o herdeiro e vice-presidente da Samsung, em meio ao escândalo de subornos que levou ao julgamento político contra Park. A decisão adotada pelo tribunal de permitir que Lee volte para sua casa foi um enorme alívio para a Samsung, que o executivo de 48 anos lidera desde maio de 2014, quando seu pai e patriarca da família, Lee Kun-hee, ficou incapacitado devido a um ataque cardíaco. Lee, que foi interrogado durante 22 horas em janeiro e ficou retido enquanto o tribunal tomava uma decisão, ainda enfrenta uma investigação por subornos, desfalque e falso testemunho.

A Samsung Eletronics é o maior fabricante de smartphones, televisores de tela plana e processadores de memória.

RELEMBRE

Os investigadores haviam indicado anteriormente que Lee era considerado suspeito na história. O caso cresceu após o indiciamento no ano passado de Choi Soon-Sil, confidente da presidente que teria sido beneficiada com informações sobre o governo.

A chamada "Rasputina sul-coreana" está sendo julgada atualmente por ter utilizado seu relacionamento com Park para embolsar enormes somas de dinheiro de grandes conglomerado sul-coreanos, que pagaram milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela. A Samsung, que é o maior grupo industrial do país, já doou 20 bilhões de wons (US$ 17 milhões) às fundações de Choi.

Em dezembro, o Parlamento da Coreia do Sul aprovou o processo de impeachment de Park, suspendendo assim seus poderes. O impeachment foi aprovado por 234 votos a favor e 56 contrários. Logo após a votação, ela pediu desculpa ao país por "negligência" e disse esperar que a confusão em torno da crise política no país seja resolvida, acrescentando que ela se prepararia para uma revisão judicial do processo de afastamento.

A Corte Constitucional passou a partir de então a decidir se confirmaria o impeachment de Park ou se rejeita o pedido do Parlamento, controlado pela oposição. O primeiro-ministro do país, Hwang Kyo-ahn, assumiu o posto de Park interinamente, durante o período de julgamento no tribunal, que poderia levar, no total, até 180 dias. A presidente, de 64 anos, pediu desculpas ao povo em uma reunião com seus ministros e os exortou a trabalhar com o premier para evitar qualquer vácuo nas questões de segurança nacional e da economia.



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