Israel suspende um acordo de paz com palestinos; EUA vão reconsiderar

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o acordo era

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Israel anunciou nesta quinta-feira (24) que suspendeu as negociações de paz com os palestinos, após os grupos islâmicos Hamas, que governa a faixa da Gaza, e Fatah, que controla a Cisjordânia, assinarem na quarta (23) um acordo de reconciliação. As duas facções palestinas, rivais há sete anos, pretendem formar um governo nacional em cinco semanas e organizar novas eleições em até seis meses.

Chefe da delegação palestina, Azzam al-Ahmed (e), ao lado do primeiro-ministro do Hamas na faixa de Gaza, Ismail Haniya, durante entrevista em Gaza

"O gabinete de segurança decidiu por unanimidade nessa noite que o governo de Israel não vai manter negociações com um governo palestino que seja apoiado pelo Hamas, uma organização terrorista que pede pela destruição de Israel", disse um comunicado oficial emitido após a reunião que durou seis horas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o acordo era "um grande salto para trás" no processo de paz.

"O pacto com o Hamas mata a paz", declarou o líder israelense à rede de televisão NBC pouco depois de seu governo anunciar a suspensão das negociações.

O governo dos Estados Unidos seguiu a mesma linha de Israel e também expressou seu desapontamento com o pacto de unidade. A porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki afirmou que isso poderá dificultar os esforços de paz. "É difícil esperar que Israel negocie com um governo que não aceita seu direito de existência", disse ela.

Os EUA consideram o Hamas um grupo terrorista com o qual não há a possibilidade de diálogo. A facção sempre foi contrária a reconhecer o Estado de Israel.

Um alto funcionário do governo norte-americano disse, hoje, que os EUA ameaçam reconsiderar sua assistência aos palestinos, caso os grupos formem um governo conjunto. Do ponto de vista dos EUA, manter a ajuda a um governo palestino que inclua o Hamas significaria prestar assistência a um grupo qualificado como terrorista.

"Qualquer governo palestino deve inequívoca e explicitamente se comprometer com a não violência, o reconhecimento do Estado de Israel e a aceitação de acordos de paz e obrigações anteriores entre as partes", disse a fonte oficial dos EUA, citando termos que o Hamas tradicionalmente rejeita.

"Se um novo governo palestino for formado, vamos avaliá-lo com base na sua adesão às estipulações acima, suas políticas e ações, e vamos determinar quaisquer implicações para nossa assistência com base na lei dos EUA", disse a fonte, falando à Reuters sob anonimato.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que o futuro governo de unidade nacional formado pela reconciliação entre Fatah, que tem apoio do Ocidente, e Hamas, seguirá a mesma linha do presidente palestino, Mahmoud Abbas. De acordo com um dos dirigentes da ANP, Jibril Rajoub, o novo governo terá como princípio a ideia de Abbas de dois Estados para dois povos.

A declaração de Rajoub, dada a uma rádio militar palestina, foi vista como uma mensagem para minimizar as preocupações com o futuro das negociações entre Israel e Palestina. (Com Agências Internacionais).



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