Gay vai à Justiça pela guarda de filho em poder de casal lésbico

Um menino de dois anos com “duas mães e um pai” está no centro de uma batalha judicial incomum, no Reino Unido

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Um menino de dois anos com "duas mães e um pai" está no centro de uma batalha judicial incomum, no Reino Unido.

A mãe biológica diz ter feito um "pacto" com o pai, antes de o menino ser concebido, de que ela e sua parceira lésbica seriam as "mães" e de que ele teria contato limitado com a criança.

Agora, as mulheres dizem se sentir "amarguradas e traídas", depois que o pai pediu à Justiça que o filho durma em sua casa ocasionalmente e passe férias com ele, bem mais do que as atuais cinco horas a cada 15 dias que ele passa com a criança.

O pai argumenta que ele sempre foi bem mais do que um "doador de sêmen", já que esteve presente durante o nascimento do bebê, seu batizado e festas de Natal, e afirma querer ser um pai de verdade para o único filho que terá na vida.

Casamento de conveniência

A mãe e o pai biológicos - que não podem ser identificados para proteger a identidade da criança - já estiveram em um "casamento de conveniência" e se consideravam "melhores amigos", mas hoje estão divorciados.

Os três envolvidos têm empregos com altos salários e vivem no centro de Londres. O pai defende que o menino tenha "três pais e duas casas", enquanto o casal lésbico insiste em uma "um único núcleo familiar".

"Apesar de sua sexualidade e de elas aceitarem que, nesse sentido, elas são uma "família alternativa", a mãe e sua parceira têm visões muito tradicionais sobre a vida familiar e nunca escolheriam colocar uma criança em outra situação que não uma família intacta, com apenas dois responsáveis", disse o advogado do casal, Charles Howard.

Famílias alternativas

Já o representante legal do pai, Alex Verdan, acusou as mulheres de "importar modelos tradicionais ou estereotipados" para o tribunal e afirmou que o caso é relevante para todas as crianças nascidas em famílias alternativas.

Segundo Verdan, o pai não quer afastar a parceira da mãe e insiste que não houve "um acordo claro" antes da concepção do bebê de que seu papel ficaria limitado a visitas ocasionais.

Do outro lado, a mãe e sua parceira dizem ter planejado juntas sua família e que se soubessem que o pai teria esta posição mais tarde, teriam optado por um doador de sêmen anônimo.

"Elas decidiram proceder com um doador conhecido, alguém que era seu amigo, para dar à criança um pai, com quem ela pudesse ter um relacionamento limitado, mas importante."

O julgamento continua, em Londres.



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