Zimbábue tem apenas 217 dólares nos cofres públicos, diz ministro

Em coletiva, ministro das Finanças disse que todos os jornalistas tinham conta bancária melhor que a do país

Governo de Robert Mugabe diz não ter verba para organizar eleições e referendo | Wikicommons
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?As finanças do governo estão em um estado de paralisia neste momento?, afirmou nesta terça-feira (30/01) o ministro de Finanças do Zimbábue, Tendai Biti, durante uma coletiva de imprensa na qual anunciou que os cofres públicos do país contam atualmente com 217 dólares.

"Na semana passada, quando pagamos os funcionários, havia somente US$ 217 nos cofres do governo?, disse, admitindo que cada jornalista presente na entrevista certamente possui uma situação bancária mais saudável que o Estado zimbabuano, segundo o jornal The Telegraph.

Segundo ele, o país precisará de apoio estrangeiro para organizar o referendo constitucional e as eleições deste ano, já que a suposta quantia disponível não seria suficiente. A realização dos mesmos demanda investimentos da ordem de US$ 300 milhões, segundo estimações da Comissão Eleitoral do país.

"O presidente Robert Mugabe e o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai escreveram ao meu ministério e ao de Justiça e Assuntos Legais para pedir que arrecademos dinheiro para as eleições?, explicou Biti, completando que a ajuda da comunidade internacional será convocada para tal finalidade.

Em julho do ano passado, a União Europeia anunciou estar disposta a retirar a maior parte das sanções econômicas impostas contra o Zimbábue mediante a realização de um referendo pacífico para a aprovação ou não da Constituição e de eleições democráticas.

As restrições aplicadas contra o país africano foram iniciadas em 2002, com base no Acordo de Cotonou, que regula relações entre o bloco europeu e os países do grupo ACP (África, Caribe e Pacífico), que estabelece a necessidade de "medidas apropriadas" caso um dos países membros viole direitos humanos e princípios democráticos.

A realização do referendo constitucional e dos comícios eleitorais não extenuaria, porém, as sanções ao presidente do país, Robert Mugabe, de 88 anos. Líder da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), Mugabe está no poder desde 1980 e responsabiliza as sanções pelo colapso econômico do país.



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