MPF: Cabral pagou US$ 2 milhões para comprar voto na Olimpíada

O valor foi para as mãos do senegalês Lamine Diack

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pagou US$ 2 milhões, algo em torno de R$ 7,4 milhões na cotação atualizada, para comprar voto na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, segundo comunicou o Ministério Público Federal, nesta terça-feira (5).

O valor foi para as mãos do senegalês Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo, em outubro de 2009. Cabral, que está preso por ter cometido inúmeros crimes de corrupção, seria o mentor do esquema supostamente controlado por Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.

“Trata-se de um esquema altamente sofisticado, que agia internacionalmente com desenvoltura e uma engenhosa e complexa relação corrupta”, disse o MPF/RJ em comunicado.

“Ele nada mais fez do que repassar a propina que pagaria a Sérgio Cabral diretamente para o senegalês, em troca dos votos pela escolha da cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Somadas as investigações realizadas pelos Ministérios Públicos Brasileiro e Francês, temos o ciclo completo de como ocorreu a venda de voto para escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016, que teve como vencedora a cidade do Rio de Janeiro”, acrescenta a procuradoria da força-tarefa, segundo o UOL.

“Neste grande esquema ganha-ganha, Arthur Soares é mais um dos integrantes dessa grande organização criminosa. O esquema criminoso completa-se com a ponta faltante: a atuação do Comitê Olímpico Brasileiro, por atuação de Carlos Arthur Nuzman, figura central nas tratativas para escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Sem a presença e negociação entabulada por ele, a engenhosa e complexa relação corrupta aqui narrada poderia não alcançar o sucesso que efetivamente alcançou. Nuzman foi o agente responsável por unir pontas interessadas, fazer os contatos e azeitar as relações para organizar o mecanismo do repasse de propinas de Cabral diretamente a membros africanos do COI, o que foi efetivamente feito por meio de Arthur Soares”, explica o MPF.



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