Na primeira semana de mandato, Bolsonaro tuíta quase 70% a mais que Trump

Presidente brasileiro recorreu à rede social para criticar PT e imprensa e exaltar ministros

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Na sua primeira semana de mandato, o presidente Jair Bolsonaro se comunicou pelo Twitter quase 70% a mais do que o seu colega e também entusiasta da rede social Donald Trump nos sete primeiros dias como presidente dos EUA. 

Entre 1º de janeiro, dia da posse, e esta segunda-feira (7), Bolsonaro tuitou 69 vezes para destacar atos de sua gestão, criticar ou ironizar o PT (Partido dos Trabalhadores) e a imprensa e exaltar o trabalho dos seus ministros. Ou seja, uma média de quase 10 postagens por dia.

O presidente Jair Bolsonaro em foto postada no Instagram na noite deste sábado (05) - Reprodução/Instagram

Trump, no período de 20 a 26 de janeiro de 2017, tuitou 41 vezes, segundo o Trump Twitter Archive, página na internet que reúne todas as suas postagens na redes social. 

Diferentemente do americano, que recorreu ao retuíte somente uma vez nesse espaço de tempo, o presidente brasileiro republicou postagens de outros usuários da rede 21 vezes, dando destaque a contas que supostamente fazem paródia de órgãos de imprensa e de jornalistas.  

“KkkKkk”, postou no sábado (5), ao retuitar uma mensagem da conta de humor The Comunista, que afirmou que “Bolsonaro começa o dia tornando ilegal qualquer coisa vinculada ao arco íris, ursinhos carinhosos, ódio do bem e LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros].”

Em outra mensagem, esta do domingo (6), publicou um vídeo em que um homem algemado supostamente se joga para fora de uma viatura. "Meliantes se autoagridem para que AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, na frente do juiz e do policial se vitimizem e digam que tiveram os direitos humanos desrespeitados e então sejam soltos, desmotivando os agentes de segurança, criando o ciclo da impunidade!", disse. 

Somente no primeiro fim de semana na Presidência, Bolsonaro postou no total 16 vezes, uma delas retuitando uma outra conta de paródia, essa do jornalista Reinaldo Azevedo. 

“Um absurdo a nomeação de Murilo Resende como coordenador do Enem. E agora, como iremos aprender pajubá, um dialeto tão influente junto às sociedades e mercados em ascensão?”, ironiza a postagem, em referência ao conjunto de palavras usada pela comunidade LGBT.  

Em outra mensagem, Bolsonaro afirmou que seu rival Fernando Haddad é o “fantoche do presidiário corrupto”. 

“Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”, escreveu.

Ele também priorizou as postagens de seus filhos. "Aloooo imprensa marrom, não preciso de olhos para ficar próximo de meu pai! Falo com ele todo dia e sempre que posso estou ao seu lado fisicamente! Que papo boçal! Mesmo que vocês insistam em brigas internas nada mudou dentro de casa! A mamata de vocês vai acabar!", diz mensagem do seu filho Carlos Bolsonaro retuitada no dia 3. 

O presidente ainda defendeu garantias para agentes de segurança agirem “em prol do cidadão de bem” e destacou os planos econômicos de seus govenro.

“Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de R$ 7 bi, com concessões de ferrovia, 12 aeroportos e 4 terminais portuários. Com a confiança do investidor sob condições favoráveis à população resgataremos o desenvolvimento inicial da infraestrutura do Brasil”, disse no dia 3 de janeiro.

Postagens do Twittter do presidente Jair Bolsonaro - Reprodução/ Twitter

EMPREGOS E PROTESTOS 

No caso do presidente americano, entre os principais temas postados na primeira semana de mandato estavam a necessidade de aumentar o número de postos de trabalho nos EUA e críticas aos protestos contra ele.   

“Assisti os protestos ontem mas eu tenho a impressão que acabou de aconter uma eleição”, ironizou. “Por que essas pessoas não votaram?”, afirmou no dia 22, dias após tomar posse. 

Em outra entrada, Trump contemporizou, e declarou na rede social que “protestos pacíficos são um marco da nossa democracia”. “Mesmo que eu não concorde sempre, reconheço o direito do povo de expressar seus pontos de vista”.  



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