Peritos indicam que avião de Eduardo Campos estava em “potência máxima” na hora da queda

Peritos indicam que avião de Eduardo Campos estava em “potência máxima” na hora da queda

Peritos indicam que avião de Eduardo Campos estava em "potência máxima" na hora da queda | Reprodução
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As características dos destroços do jato Citation que levava Eduardo Campos indicam que a aeronave, ao cair, estava em 'potência máxima', segundo análise de peritos que atuam na investigação das causas do acidente.

Três características reforçam a alta velocidade: 1) a cratera de quatro metros de profundidade no local aberta pela aeronave após cair; 2) a fragmentação dos destroços, concentrados em um raio pequeno; 3) o tipo de avaria nas duas turbinas, com pás retorcidas e cheias de terra.

A Aeronáutica e a Polícia Civil trabalham com a hipótese de desorientação espacial; dos pilotos em meio às nuvens e ao mau tempo, perderam a noção de onde efetivamente estavam, o que levou o avião a ficar mais baixo do que deveria estar.

Essa suposição inicial tem como base três fatores: o tempo fechado na região do acidente, o estresse do comandante Marcos Martins (que se declarou 'cansadaço' em rede social) e as dificuldades da pista da Base Aérea de Santos, no Guarujá (SP).

A pista, de 1.390 metros, fica numa espécie de vale e é considerada difícil, mesmo para pilotos experientes.

A aeronave tentou pousar na base, mas arremeteu em razão do mau tempo e logo depois caiu. Um avião arremete quando está mais rápido, mais alto ou mais baixo, por exemplo, do que deveria.

Houve dois acidentes por desorientação espacial; nos últimos seis anos. Um no Oceano Atlântico, em 2008, e o outro em Belém, em 2012.

O piloto Matheus Giovannini, 21, que presenciou o acidente, disse à <b>Folha</b> que viu a aeronave em um ângulo entre 60 e 70 graus entrar como uma flecha no chão, logo depois de arremeter, como se tivesse perdido sustentação. Ele estava num prédio próximo e deu depoimento aos investigadores do acidente.

A Aeronáutica ressalva ainda ser cedo para conclusões e que a desorientação não é a única possibilidade para o acidente ter ocorrido.

Está em apuração, por exemplo, se houve pane no jato, um Cessna Citation 560 XL fabricado em 2010.

A análise do motor será essencial para reconstituir o acidente. Isso porque o Citation acidentado não tinha gravador de dados de voo, que, em uma investigação como essa, permite saber o comportamento do avião e dos seus equipamentos nos momentos antes da queda.

A aeronave tinha apenas o gravador de dados de voz, já recuperada pela Aeronáutica. O dispositivo registra as conversas entre os pilotos.



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