Piauí é o segundo em número de mortes por AVC

Os dados são do Data SUS e referentes ao ano de 2011, quando ocorreram 2.200 mortes no Estado por essa razão. Esse índice representa o índice de 12% de todos os óbitos do Piauí no ano

AVC | Kelson Fontinele
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O Acidente Vascular Cerebral é uma das doenças que mais matam no mundo, e no Piauí não é diferente. Os últimos dados divulgados pelo Data SUS mostram que o Estado ocupa o segundo lugar no ranking do país, como o que mais registra mortes por esse problema, em termos proporcionais.

Os dados são do ano de 2011, quando foram registrados 2.200 mortes no Estado, representando um percentual de 12% dos óbitos do Piauí.

Em todo o Brasil, a doença é responsável por 100 mil mortes por ano, chegando à preocupante marca de uma morte a cada cinco minutos. “Essa é uma doença catastrófica, que ainda é negligenciada pelo poder público, pela sociedade e pelos médicos. Os prejuízos dela são sociais, econômicos e para as pessoas”, disse o neurocirurgião e presidente voluntário da Associação Reabilitar, Benjamin Pessoa Vale, que participou de ação do projeto Pense Bem AVC, realizado no Shopping da Cidade, na última terça-feira (28).

A ação faz parte do conjunto de ações realizadas pelo projeto, durante a Semana de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), em alusão ao Dia Mundial de Combate ao AVC, que é comemorado hoje (29).
Para prevenir a doença, o neurocirurgião alerta para a necessidade de conhecer e controlar os fatores de risco.

Complicação de doenças sistêmicas, como diabetes, colesterol, hipertensão, depressão, obesidade, dentre outras estão entre os principais motivos para que se seja vítima da doença. Além disso, o sedentarismo, a obesidade, o fumo e excesso de álcool também contribuem para o aumento do risco de AVC.

“O controle desses fatores de risco é uma forma de diminuir as chances de ter a doença, por isso é importante que a população esteja atenta a isso. Hoje nós percebemos que a população teresinense já está mais atenta a isso e se cuidando mais, pois nós, do projeto Pense Bem AVC, estamos sempre realizando atividades de conscientização e informação da população. Mas muita gente ainda não dá atenção a esse problema”, alertou.

Mulheres são as que mais morrem

Este ano, a campanha contra a doença, que tem como tema “Eu sou mulher: o AVC me afeta”, tem como foco pessoas do sexo feminino, por esse ser o grupo mais afetado pela doença. Os dados mostram que uma em cada cinco mulheres terá um AVC em sua vida, sendo a ocorrência maior entre aquelas com mais de 85 anos de idade.

No Brasil, segundo levantamento do Data SUS, o número de óbitos em mulheres, devido ao Acidente Vascular Cerebral, foi 55 mil a mais do que entre os homens. “Existem uma série de doenças e situações vividas especificamente por mulheres que são responsáveis por esses números. O puerpério, a gravidez, quando de risco, o uso de anticoncepcionais entre aquelas que têm enxaqueca, a questão mesmo da longevidade, afinal hoje as mulheres vivem mais do que homens, são alguns dos responsáveis por esses dados”, afirmou Benjamin.

Pensando nisso, a vendedora do Shopping da Cidade, que afirmou que sempre se cuida para evitar a doença, não perdeu a chance de usar os serviços oferecidos na manhã de ontem, durante ação realizada no local pelo projeto Pense Bem AVC. “Na minha família tem muitos casos de mortes causadas por AVC e eu sempre me previno para que não aconteça comigo, controlo minha pressão arterial, faço minhas caminhadas, dieta. Ao ser avaliada ontem, no Shopping da Cidade, me disseram que está tudo bem comigo, o único problema é a circunferência abdominal, que eu preciso diminuir”, afirmou.

O projeto Pense Bem AVC é realizado há sete anos e visa alertar a população sobre prevenção e tratar sobre reabilitação do derrame cerebral. As atividades são intensificadas na semana em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao AVC, mas elas são realizadas durante todo o ano. “Nós realizamos palestras em escolas, faculdades e todos os demais locais para onde somos chamados. Temos também uma parceria com a FMS e sempre visitamos os pacientes da Estratégia de Saúde da Família, principalmente a idosos, hipertensos e diabéticos, que são grupos de risco”, disse uma das enfermeiras do projeto, Mary Ângela Canuto.

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