Polícia Militar volta a fazer operação na Cracolândia neste domingo

Ao perceberem ação, muitos usuários e traficantes saíram do local

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Três semanas depois de uma megaoperação ter prendido traficantes de drogas e espalhado viciados da Cracolândia pelas ruas do centro de São Paulo, a polícia voltou a agir na região. Neste domingo, 11, uma ação conjunta da Polícia Militar e da Prefeitura de São Paulo se concentra desde as 6 horas da manhã na Praça Princesa Isabel, que virou o novo endereço dos dependentes químicos que se concentravam, até o mês passado, no antigo “fluxo”, a 500 metros dali.

Policiais militares da Força Tática e do Choque começaram a sitiar a praça por volta das 5h. Assim que perceberam a movimentação policial, muitos usuários de drogas e traficantes da nova Cracolândia começaram a deixar a praça em direção à estação da Luz e ao Elevado João Goulart, o Minhocão, abandonando as inúmeras barracas montadas ao longo de três semanas no novo ponto de venda e consumo de crack.

Viaturas da PM já bloqueavam as avenidas Rio Branco e Duque de Caxias quando o helicóptero de corporação sobrevoou pela primeira vez a região, às 6h24. O barulho soou como mais um alarme de retirada dos acampados e mais viciados deixaram o reduto. Um grupo ateou fogo no meio da praça e uma nuvem preta começou a cobrir um cenário de lixo e miséria. A PM acionou o Corpo de Bombeiros e homens do Choque começaram a entrar na Praça.

Os policiais militares percorreram toda a extensão da praça em cerca de 30 minutos. Homens da Tropa de Choque, com escudos, avançaram sem resistência das pessoas que ainda estavam no local. No caminho, usuários alimentaram fogueiras, que cresceram e atingiram barracos. Até às 7h, não havia registro de feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ainda tenta controlar as chamas.

No dia 21 de maio, a operação, que contou com cerca de 900 agentes, foi liderada pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil paulista. Na oportunidade, a investigação delineou o funcionamento do tráfico no fluxo, com atuação de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que lucrava e controlava a venda de drogas na área. A mobilização resultou na prisão de 38 pessoas, entre eles suspeitos flagrados em imagens de câmeras de segurança portando armas e realizando disparos contra policiais.

No domingo, 21, e na segunda, 22, os frequentadores da Cracolândia se espalharam por diversos pontos da região central. A Praça Princesa Isabel acabou como reduto após a Polícia Militar tentar dispersar um grupo da área e vê-los retornar para as imediações da Alameda Dino Bueno e Rua Helvetia, que integrava o ponto original do fluxo. Após expulsar cerca de 40 pessoas da Alameda, os policiais informaram que não tentaria novamente retirá-los da praça, onde desde então a quantidade de usuários só aumentou.

Nas últimas semanas, o número de barracas também havia aumentado, apesar da vigilância próxima da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar. Investigadores já haviam identificado o retorno de entrega de drogas na praça, principalmente por homens de bicicleta. A 500 metros da praça, a Prefeitura instalou contêneires como parte do aparato de atendimento. Com capacidade para 150 dependentes, a estrutura começou a funcionar na quinta-feira passada, porém contava com pouca adesão voluntária dos usuários.



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