Estado Islâmico reivindica autoria de ataque que matou 28 cristãos

Dois ônibus e uma caminhonete foram atingidos

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O Estado Islâmico reivindicou neste sábado (27) a responsabilidade pelo ataque contra dois ônibus e uma caminhonete que transportavam cristãos coptas no Cairo, no Egito, na sexta-feira (26). Até o momento, são 28 mortos e 24 feridos. "Um dos destacamentos de segurança do EI realizou um ataque ontem em Minya, visando um ônibus que transportava coptas", indicou o Estado Islâmico.

Os cristãos iam para ao mosteiro de Mosteiro de São Samuel, no sul da capital egípcia quando criminosos, que estavam a bordo de três picapes, abriram fogo contra os veículos, segundo o governador da província de Minya, Essam al-Bedaiwy. Um porta-voz do Ministério do Interior disse que os atiradores desconhecidos chegaram em três veículos de quatro rodas.

Sobreviventes do ataque disseram que homens mascarados ordenaram que os coptas descessem do veículo e renunciassem a sua fé.

"Eles mandaram que renunciassem a sua fé cristã, um por um, mas todos se negaram", conta, emocionado, o padre Rashed. Em seguida, os homens armados os executaram a sangue frio, com tiros na cabeça.

"Eles fizeram os homens descer do ônibus, pegaram suas identidades, dinheiro, alianças e anéis", relata Maher Tawfik, que veio do Cairo apoiar sua família. Sua sobrinha sobreviveu ao ataque, mas não seu marido nem sua filha de um ano e meio.

O ataque coincide com a ofensiva iniciada há alguns meses pelo braço egípcio do grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra a minoria copta no Egito. A organização extremista deseja intensificar os ataques contra o grupo.

Ofensiva contra Líbia

Egito lançou ainda na sexta ataques aéreos contra a Líbia, após o ataque no Cairo. Os militares egípcios afirmam que lançaram os ataques depois de terem certeza de que extremistas da Líbia estão envolvidos no atentado de mais cedo. Também disseram que os ataques ainda estão em andamento. Mais cedo, a agência Reuters informou que seis ataques tinham sido lançados contra o país vizinho.

Segundo a agência oficial egípcia Mena, que citou fontes de alto escalão, as forças aéreas egípcias destruiram "por completo" o principal centro dos grupos jihadistas "Majlis al Shura" e "Muyahidín de Derna" em Derna, um dos principais bastiões dos grupos jihadistas na Líbia.

Pouco antes de os ataques serem divulgados, o presidento do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que havia ordenado ataques contra "campos terroristas", dentro ou fora do país, e que Estados que patrocinam o terrorismo seriam punidos.

"Esses ataques têm como objetivo acabar com o Egito porque o Daesh (acrônimo em árabe de EI) quer romper a união entre os egípcios", disse o presidente no discurso.

No discurso, além de expressar condolências às famílias dos mortos, o presidente do Egito alertou que o EI está "quase derrotado" na Síria. Por esse motivo, muitos combatentes estão entrando agora no país através do Sinai, base do Wilayat Sina, a filial egípcia do grupo. O presidente egípcio também disse que muitos terroristas estão entrando no país pela fronteira com a Líbia.



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