“Este é o momento de silêncio”, diz chefe da polícia sobre morte de juíza

O Disque-Denúnica informou já ter recebido até o momento 42 denúncias sobre o crime

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Polícia do Rio mobilizou 120 homens, 60% do efetivo da Delegacia de Homicídios, para investigar o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, ocorrido na quinta-feira à noite em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Hoje, a chefe da Polícia Civil do Rio, Marta Rocha, não quis dar detalhes da investigação. "Este é o momento de silêncio, de investigar", disse ela ao sair da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

O Disque-Denúnica informou já ter recebido até o momento 42 denúncias sobre o crime.

A polícia não descarta nenhuma linha de investigação. Há suspeitas contra milícias, grupos de extermínio, agiotas, máfias de vans e até de crime passional.

A juíza, além de ter sofrido várias ameaças por causa de suas decisões rigorosas contra políciais, teve registros de agressão do namorado, o cabo da PM Marcelo Poubel, em pelo menos duas ocasiões.

Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, foi registrada queixa contra o policial em 2006 por uma "surra" que ele teria dado na juíza publicamente, numa churrascaria, em 2006.

No começo deste ano, quando estavam separados, ele invadiu a casa de Acioli e a flagrou no quarto com outro homem _um agente penitenciário. Uma queixa por agressão contra o policial foi registrada na 81ª DP (Itaipu).

Recentemente, a juíza reatou o relacionamento com o policial. A Folha não conseguiu localizar ontem Poubel.

Poubel já havia prestado depoimento durante seis horas na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, que investiga o caso.

EMBOSCADA

A juíza foi morta às 23h45 quando chegava em sua casa após uma sessão no fórum de São Gonçalo, na região metropolitana. De acordo com o delegado Felipe Ettore, responsável pela investigação do assassinato, Acioli foi morta com 21 disparos por um procedimento de emboscada.

"A vítima foi executada em emboscada e alvejada 21 vezes", disse Ettore, na Delegacia de Homicídios da Barra, na zona oeste do Rio.

Segundo a polícia, as imagens flagraram o momento em que os criminosos fugiam após o crime. Testemunhas afirmaram que eles estavam em dois carros e duas motos, mas o número de criminosos que participaram da ação ainda é desconhecido.

ESCOLTA

De acordo com o presidente da Associação dos Magistrados do Rio, Antônio Siqueira, a juíza dispensou, em 2007, a segurança oferecida pelo Tribunal de Justiça aos juízes ameaçados --ela recebia escolta desde 2002.

Ele disse que, na época, ela explicou que seu companheiro era policial e que ele se encarregaria de sua segurança.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES