Estudante se suicida explodindo próprio corpo em Maceió

Um colega afirmou que Joel era adepto do Nazismo

Adolescente explodiu o próprio corpo em Maceió | Reprodução
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Um estudante se matou nesta quarta-feira (3) utilizando um método típico de terroristas suicidas e assustou os moradores do Bairro do Farol, em Maceió. Joel Noé de Andrade, 23 anos, explodiu uma bomba artesanal contra o próprio corpo, após almoçar na casa de um tio. O estrondo pôde ser ouvido a vários metros do local. Dois policiais e um médico, chamados após o jovem ameaçar se matar, ficaram feridos na explosão.

O rapaz, que sofria de transtornos psiquiátricos, estava sendo convencido a receber atendimento médico quando, repentinamente, detonou o explosivo que trazia colado ao corpo, escondido por baixo da camisa. Os soldados José Roberto da Silva e Germani Wilton Cavalcanti, do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), sofreram ferimentos. Um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve o tímpano perfurado por causa do barulho da explosão. Eles passam bem. O médico, que não teve o nome divulgado, recebeu atendimento num hospital particular da cidade.

Já os PMs foram atendidos no Hospital Geral do Estado (HGE). Silva sofreu ferimento grave na perna esquerda, provocado por um pedaço da costela do estudante. A princípio, a equipe médica pensou que ele havia tido fratura exposta, mas uma radiografia mostrou a causa do ferimento. Submetido a uma intervenção cirúrgica, o soldado foi transferido para o Hospital de Doenças Tropicais, onde serão feitos exames específicos para detectar eventual contaminação por fragmentos da bomba. Cavalcanti, por sua vez, sofreu ferimentos leves nos dedos das mãos. Em decorrência do barulho, ele também apresentava problemas auditivos.

O estudante escondeu 20 bombas juninas numa sacola plástica, que não largou desde o momento em que chegou à casa do tio Eraldo Andrade, onde praticou o suicídio. Outros dois artefatos foram encontrados no bolso da calça que ele vestia.

De acordo com familiares, Joel apresentava transtorno mental, tendo inclusive registro de internação numa clínica psiquiátrica há cerca de dois anos. Mas ele negava a doença. O suicida fugiu da clínica, recusando o tratamento.

Na tarde de anteontem, depois de almoçar na casa do tio, Joel voltou a dar sinais de descontrole. Um amigo do estudante disse que há dias ele falava na morte, referindo-se a uma contagem regressiva para a chegada de um dia decisivo em sua vida. O rapaz teria até mesmo escrito frases e números com essa indicação, na casa onde cometeu o suicídio.

Parentes disseram que Noé chegou à casa do tio dando claros sinais de desequilíbrio. A situação foi se agravando, com ele tornando-se agressivo e falando coisas desconexas. Diante da gravidade do quadro, que indicava um surto psicótico, parentes pediram ajuda, telefonando para o Samu e para a polícia.

A vítima vivia com a mãe, no bairro de Mangabeiras, área nobre de Maceió. Apesar dos transtornos que eventualmente apresentava, o relacionamento deles era tranquilo. O rapaz não era agressivo, apesar dos temas fantasiosos que costumava abordar em suas conversas.

As questões de ordem religiosa costumavam nortear o papo com os amigos. Um colega revelou que Joel tinha o nazista Adolfo Hitler como ídolo. Apesar disso, todos o consideravam ?legal? e ?inteligente?. Depois de concluir o ensino médio, ele tentou entrar na faculdade, mas não teve sucesso. Um primo, o radialista Elísio Silva, o define como ?um jovem que não se encontrou?.



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