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MPF investiga contratos de US$ 277 milhões de Cabral no exterior

Suspeita é de superfaturamento de 40% nos contratos e pagamento.

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O Ministério Público Federal (MPF) está investigando cerca de 200 licitações para compra de equipamentos no exterior para a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, feitas durante o governo de Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014, que totalizaram US$ 277 milhões. A suspeita é de superfaturamento de 40% nos contratos e pagamento de propina no exterior.

De acordo com a procuradora da República Marisa Ferrari, o ministério abriu procedimento de cooperação internacional para rastrear os valores, com o pedido de medidas cautelares nos Estados Unidos e extratos de aplicações financeiras nas Ilhas Virgens e Bahamas.

“Já temos algumas informações de que o dinheiro saía dos cofres públicos diretamente para empresas controladas pelo empresário Miguel Iskin [do ramo de equipamentos hospitalares], como a Avalena, a Back Fell e a Life Cargo. São empresas que não fabricavam nenhum equipamento e funcionavam apenas como exportadoras de equipamentos fabricados por terceiros. Curiosamente, a Avalena tinha sede nas Ilhas Virgens e operava exportações a partir da Flórida, nos Estados Unidos, mesmo com mercadorias vindas da China ou de outros lugares do mundo”, disse Marisa.

Segundo o MPF, a investigação mostra que Miguel Iskin tinha controle sobre o orçamento da Saúde, que agenciava as empresas intermediárias para receber o orçamento e depois fazia a distribuição da propina para os agentes públicos, em quantias que podem ir além dos R$ 16 milhões já revelados pelo MPF.

As investigações estão caminhando para valores muito maiores, porque a Secretaria de Saúde fechou contratos no valor de US$277 milhões, só de importações. Está sendo descortinado  que Miguel Iskin ganhava cerca de 30% a 40% no exterior e fazia a distribuição da gordura, do sobrepreço, da propina, tanto para Sérgio Cabral como para outras pessoas que ainda não estão denunciadas, mas que fatalmente também vão cair nas investigações, tanto da parte administrativa [da Secretaria de Saúde], do Into [Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, ligado ao Ministério da Saúde], e até notícia de agentes públicos em Brasília, no Ministério da Saúde”.



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