Polícia diz que mulher deixou criança dentro do carro e foi à manicure

Mulher que deixou menino em carro estava na manicure, diz polícia

Mulher | Reprodução
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A polícia descobriu que mulher que levava o menino Gabriel Martins de Oliveira Alves, de 2 anos, à creche deixou a criança no carro para fazer as unhas em um salão de beleza. O menino foi encontrado desacordado, na sexta-feira (12), depois de passar cerca de 2 horas trancado dentro de um Gol preto em Vicente de Carvalho, no Subúrbio do Rio. A criança foi socorrida, mas já teria chegado morta ao hospital.

Cláudia Vidal da Silva, de 33 anos, que fazia transporte escolar irregular, havia dito, em depoimento, que sofreu um mal súbito e ao recobrar a consciência percebeu que o menino estava desacordado, mas os investigadores descobriram que ela mentiu. A informação foi divulgada na terça-feira (16) pelo delegado Felipe Curi, titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho), que investiga a morte do garoto.

Segundo a Polícia Civil, os policiais refizeram o trajeto percorrido pela motorista, coletaram imagens de câmeras de segurança e localizaram a manicure e a responsável pelo salão, comprovando que a versão dada por Cláudia é falsa. As duas confirmaram, em depoimento, que Cláudia já estava com horário marcado no salão para aquele dia. O delegado aguarda agora os resultados dos laudos da perícia para concluir o inquérito.

 "Localizamos uma testemunha que realmente deu a versão verdadeira de todos os fatos, de que, na verdade, ela ia ao salão de beleza para fazer as unhas enquanto o Gabriel ficou no carro", afirmou o delegado, lembrando que também ouviu duas pessoas que ajudaram a socorrer a criança.

Comoção no enterro

O menino foi enterrado no domingo (14) no Cemitério de Irajá, no Subúrbio do Rio. Revoltada com a morte do filho, a mãe da criança disse, no sábado (13), que essa não foi a primeira vez que a condutora do veículo "esqueceu" a criança. Carla Martins de Oliveira contou ainda que a pediatra que atendeu Gabriel afirmou que a criança tinha sinais de insolação extrema.

"Ela já esqueceu meu filho antes. Uma vez, ela teve a cara de pau de falar: 'seu filho é um amor, muito bonzinho, então, eu prefiro entregar todas as crianças primeiro e deixo seu filho por último'. Só que dessa vez ela não entregou. Foi um descaso. E um descaso da creche que não ligou para avisar que meu filho não chegou", disse Carla Martins de Oliveira.

De acordo com policiais, ela buscou o menino para levá-lo à creche, mas o teria deixado dentro do veículo por volta das 10h de sexta. Ela foi autuada por exercício ilegal da profissão e pode responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar –, mas segue em liberdade.

"Meu filho tinha só 2 anos. Meu filho não sabia nem falar. Como meu filho ficou sozinho trancado dentro de um carro no calor? Ele não tinha nem como pedir ajuda", disse a mãe.

Amiga de motorista se passou pela mãe

O tio do menino, Fagner Alves da Silva, esteve no Instituto Médico-Legal (IML), no sábado, e contou que uma amiga de Claúdia teria se passado pela mãe do menino no momento em que a criança deu entrada Hospital Municipal Francisco Telles, em Irajá. Ainda segundo Fagner, apenas após a morte de Gabriel a família teria sido informada sobre o ocorrido. O tio da criança lamentou o fato de Cláudia Silva não ter ficado presa.

"O que mais dói é ela ter saído pela porta da frente da delegacia. Ela foi para casa dela e meu irmão e minha cunhada ficaram sem o filho", disse Fagner.

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