PI:Alunos desenvolvem robô na Universidade Estadual que auxilia na aprendizagem

O laboratório de novas tecnologias da instituição desenvolve, ainda, pesquisas como a luva superssônica destinada à locomoção de deficientes visuais

LUVA ULTRASSÔNICA | Criada para melhorar vida de deficientes | IGOR PRADO - UESPI
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As pesquisas desenvolvidas na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), através do Laboratory of Intelligence, Robotic, Automation and Systems (Labiras), são voltadas para a elaboração de novas tecnologias. Os projetos criados por professores e alunos têm apontado caminhos inovadores para diferentes setores da sociedade, abordando as áreas de robótica, automação, tecnologia assistiva, desenvolvimento de software e games.

Exemplo do trabalho desenvolvido no Labiras é o projeto ao qual o estudante de Computação da Uespi, Flávio Ramos, vem se dedicando no último ano, que une as áreas de robótica e educação. A invenção, genuinamente piauiense, é o desenvolvimento de um robô que será usado em sala de aula como ferramenta de apoio ao ensino da matemática e física para os alunos do ensino médio. Os benefícios para aprendizagem estão na visualização da teoria, em que o robô demonstra o que antes seria transmitido apenas por meio de aulas expositivas, o que agrega ainda ludicidade ao exercício do conhecimento.

?Iniciamos o projeto após o professor Hermes Manoel, que é efetivo da Uespi, saber do edital da Seduc, no ano de 2013, que abria bolsas a pesquisas com tecnologias que pudessem melhorar o ensino público. Formatamos um projeto que auxiliasse os alunos no ensino de matemática e física ? especificamente nas áreas de mecânica, de lógica e de trigonometria ? com o uso da robótica?, esclarece o estudante.

O robô é aparelhado com software e sensores que respondem às ações emitidas através de um computador. Com a invenção, os cálculos matemáticos deixam de ser acompanhados apenas por números em uma folha de papel ou na tela do computador e passam a ser visualizados na prática, enquanto o robô realiza o comando solicitado. Com a robótica, o ensino se torna lúdico e prático.

O robô educativo ainda não está finalizado. Segundo Flávio, agora o projeto entrará em sua segunda etapa, quando mais tarefas serão anexadas ao software. ?Agora entramos na segunda fase e vamos formatar outras tarefas no software e o robô vai aumentar o leque de ações. No ensino médio, as coisas são muito teóricas, não existe uma forma de serem visualizadas praticamente. O robô proporciona essa sensação de realidade e faz os alunos se interessarem pelos assuntos?, explica.

OUTROS INVENTOS

Além desse, outros projetos estão sendo desenvolvidos através do Laboratório de Tecnologia.

Criado há dois anos, inicialmente com sede apenas no Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da Uespi, o Laboratório ganhou locação também no Instituto Federal do Piauí (IFPI) e participação de docentes e discentes das duas instituições.

?O foco do Labiras é tentar ver problemas na sociedade e resolver através de tecnologias acessíveis. O projeto começou com a ideia de trabalhar conhecimento compartilhado, por isso hoje os alunos se dividem em duas instituições?, explica o professor Francisco Marcelino, que é um dos coordenadores do Labiras.

É no intuito de continuar a criar tecnologias que possam favorecer a sociedade que os alunos atuantes no laboratório se dedicam a outro projeto, a luva ultra-sônica. O projeto tem a intenção de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de deficientes visuais, e é capaz de orientar espacialmente as pessoas com esse tipo de deficiência.

O equipamento é composto por um sensor que alerta, na forma de vibração, quando a luva se aproxima de algum obstáculo. A estudante Dânia Élice, do Instituto Federal do Piauí (IFPI), é uma das alunas envolvidas no projeto. O protótipo da luva continua em fase de testes, mas já norteia como será a utilidade do equipamento na locomoção de pessoas com deficiência visual. ?A luva emite sinais vibratórios indicando que tem alguma coisa à minha frente.

Nosso foco é transformar a luva em um item acessível para que as pessoas com deficiência visual possam encontrá-lo no mercado?, esclarece Dânia.

Atualmente, cerca de 40 estudantes atuam com pesquisas tecnológicas no Labiras. ?O Labiras continua a levar os conhecimentos aprendidos dentro da sala de aula para aplicar de forma efetiva na sociedade. Já fomos destacados na Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, por dois anos consecutivos. Nosso foco sempre será tentar resolver os problemas da sociedade através da tecnologias?, finaliza o coordenador Francisco Marcelino.



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