Aplicativo 'Secret', de posts anônimos, chega ao fim, anuncia criador

Em seus 16 meses de vida, o app conseguiu um público de 15 milhões de usuários em todo o mundo e muita encrenca.

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

 A empresa que desenvolve o polêmico aplicativo “Secret” decidiu encerrar o serviço, segundo declaração de um dos criadores da ferramenta, David Byttow, publicada nesta quarta-feira (29).

Uma data para o fim do app não foi informada, mas, na manhã desta quinta-feira, ele já não podia ser encontrada na App Store, da Apple, o que indica que seu encerramento foi imediato.

Em seus 16 meses de vida, o app conseguiu um público de 15 milhões de usuários em todo o mundo e muita encrenca.

Por permitir que as pessoas publicassem segredos sem revelar suas identidades, a Justiça do Espírito chegou a proibir o serviço em todo Brasil em agosto de 2014. A decisão foi tomada após o juiz Paulo Cesar de Carvalho, da 5ª Vara Cívil de Vitória, entender que o Secret violava princípios constitucionais ao permitir o usufruto da liberdade de expressão sob condição de anonimato. No entendimento do magistrado, o serviço era um “instrumento apto ao cometimento daquilo que, corriqueiramente, tem sido chamado de ‘bullying virtual’”. Em setembro, a Justiça voltou atrás, mas antes o app já havia anunciado uma reestruturação para coibir excessos. Mesmo em meio a tanta polêmica, os leitores elegeram o Secret o melhor app de 2014.

“Depois de pensar muito e de consultas com nosso conselho, eu decidi encerrar o Secret”, escreveu no site “Medium”. “Essa é decisão mais difícil da minha vida e uma das que mais me entristeceu profundamente. Infelizmente, o Secret não representa mais a visão que eu tinha quando iniciei a companhia, então acredito que é a decisão certa para mim mesmo, nossos investidores e nossa equipe”, completou.

Byttow ainda defendeu o anonimato como meio para fornecer “comunicação aberta e expressão criativa”, mas admitiu que “é também uma faca de dois gumes, que deve ser empunhada com muito respeito e cuidado”.

O executivo afirmou seus próximos passos serão tentar arranjar novas ocupações para os integrantes de sua equipe e devolver o dinheiro levantado junto aos investidores. “Inovação requer falhas, e eu acredito em falhar depressa para poder seguir adiante a fim de cometer somente novos e diferentes erros”, comentou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES