Com IPO e polêmica sobre privacidade, Face completa 8 anos

Apesar da popularidade, Facebook enfrenta pressão devido ao poder de dados pessoais

Zuckeberg: desculpas por erros sobre privacidade | getty images
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Em 4 de fevereiro de 2004, Mark Zuckerberg, um jovem estudante da Universidade de Harvard (EUA), colocava no ar a primeira versão da rede social Facebook. No quarto da república onde morava, Zuckerberg estava acompanhado por quatro amigos: o brasileiro Eduardo Saverin, Dustin Moskowitz, Andrew McCollun e Chris Hughes. Eles queriam apenas conectar os alunos de Harvard. Nenhum deles imaginava que, ao completar oito anos, o Facebook reuniria mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo.

De acordo com estudo recente da comScore, o Facebook já é usado por mais da metade dos internautas de todo o mundo (55%). O número representa um crescimento de 43 pontos percentuais em relação a dezembro de 2007, quando a consultoria passou a medir a audiência do Facebook.

Naquela época, o Facebook atingia apenas 12% de todos os internautas. A América Latina lidera entre as regiões onde a rede social mais cresce.

O aniversário de oito anos do Facebook vem acompanhado de outras boas notícias, além da popularidade entre os internautas.

Nesta semana, a empresa registrou um pedido à SEC (Comissão de Segurança de Mercado, equivalente à CVM brasileira) para fazer uma oferta inicial de ações, processo conhecido como IPO, na bolsa americana. Com a venda de ações, a empresa espera levantar até US$ 5 bilhões, valor que pode aumentar de acordo com a demanda pelas ações da rede social.

Com a entrada na bolsa, diversas pessoas que participaram da criação da rede social se tornarão milionárias. Muitos funcionários do Facebook ? aqueles que estão desde o início e receberam algumas ações da empresa ? devem ganhar entre US$ 4 milhões e US$ 20 milhões com o IPO do Facebook. Zuckerberg deve ficar com US$ 24 bilhões, de acordo com estimativas de analistas de mercado.

Segundo os documentos entregues pelo Facebook no registro para o IPO, o Facebook tem mais de 100 bilhões de conexões entre pessoas em todo o mundo. A rede social registrou a publicação de cerca de 250 milhões de fotos no último trimestre de 2011, período em que os usuários também ?curtiram? e comentaram na rede social mais de 2,7 bilhões de vezes. Em 2011, o Facebook teve receita de US$ 3,7 bilhões, 88% maior que em 2010.

Falhas de privacidade perseguem empresa

Apesar da situação favorável, o IPO será responsável por colocar o Facebook sob pressão ainda maior de governos e entidades reguladoras dos países onde atua. O motivo é a privacidade dos dados pessoais, fornecidos pelos próprios usuários, que podem ser usados direcionar publicidade e também para personalizar serviços fornecidos por parceiros. As práticas são condenadas por entidades de proteção aos dados pessoais em todo o mundo.

Para evitar problemas para os usuários, o governo dos EUA e a União Europeia impuseram acordos que, entre outras restrições, permitem que auditores independentes acessem o banco de dados pelos próximos 20 anos, para verificar se a rede social respeita os termos de uso aceitos pelos usuários ao se cadastrar na rede social. Os órgãos reguladores também exigem que o Facebook não faça declarações falsas sobre a privacidade ou segurança dos dados armazenados pelo serviço.

No final de novembro de 2011, quando a Federal Trade Comission (FTC), órgão do governo americano, anunciou um acordo com o Facebook para solucionar as acusações sobre privacidade, Zuckerberg escreveu uma carta aberta onde admitiu os erros da empresa. ?Acho que um pequeno número de erros muito divulgados, como o projeto Beacon e nossas mudanças de privacidade de dois anos atrás, acabaram escondendo o bom trabalho que fizemos?, disse Zuckerberg.



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