Corpo de menino que morreu após confusão será exumado nesta segunda

O adolescente morreu no dia 26 de fevereiro.

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O corpo do menino João Victor Souza de Carvalho, de 13 anos, que morreu após uma confusão em frente ao Habib's na Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo, será exumado na manhã desta segunda-feira (3). O adolescente morreu no dia 26 de fevereiro.

A exumação deve ocorrer por volta das 8h no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha e será acompanhada por um perito independente e funcionários do IML (Instituto Médico Legal), segundo o defensor da família.

A Justiça determinou a exumação após a família do adolescente levantar dúvidas sobre a causa da morte. Imagens de câmeras de segurança mostram que o garoto foi perseguido e arrastado por funcionários da lanchonete antes de ser socorrido quase sem vida ao lado do Habib's.

Antes, ele havia ameaçado jogar paus nos vidros do Habib's e em carros de clientes, segundo o registro policial. João era conhecido na região por pedir esmolas.

De acordo com a família do adolescente, Francisco Carlos da Silva, há dúvidas sobre a causa da morte de João: se ela foi provocada pelo uso de drogas, como apontou o laudo oficial, ou se aconteceu em decorrência de supostas agressões, como informou um parecer particular.

Exumação

De acordo com o advogado, a decisão pela exumação ocorreu no dia 22 de março e foi definida pela juíza Flavia Castellar Oliverio, da 2ª Vara do Júri, no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.

O advogado explicou que o pedido de exumação foi feito por ele após contratar um perito particular, que contestou a conclusão do laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica para a morte de João.

Segundo o documento oficial do IML, o garoto morreu após ter uma parada cardiorrespiratória causada pelo uso de cocaína e lança-perfume.

“Esse perito particular apontou em seu parecer que a morte foi em razão de agressões que ele teria sofrido”, afirmou Carlos da Silva.

O pedido de exumação havia sido entregue ao 28º Distrito Policial (DP), Freguesia do Ó, que investiga o caso como "morte suspeita a esclarecer". Em seguida, a delegacia remeteu a solicitação à Justiça.



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