Indústria une-se para padronizar os serviços de videoconferência

Grupo de 27 provedores formou o Consórcio de Comunicações Visuais Abertas (OVCC) para criação de um sistema colaborativo de vídeo.

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Muitas vezes, usuários de videoconferência enfrentam agruras da tecnologia como lentidão na comunicação. Isso porque é comum cada participante possuir provedor distinto, impactando na interoperabilidade de sistemas. Mas a solução parece estar prestes a acontecer, por meio do Consórcio de Comunicações Visuais Abertas (OVCC), que é uma iniciativa internacional.

Quase um ano depois da formação do OVCC, um grupo de 27 provedores de serviços e de gerenciamento de rede, a entidade avança na estratégia de estabelecer um sistema para o fornecimento colaborativo de vídeo de qualidade que conecta todos os fornecedores, redes e dispositivos, em qualquer lugar.

Atualmente, diz Pierre Rodriguez, vice-presidente para América Latina da Polycom, uma das companhias que fazem parte do OVCC e um dos principais patrocinadores da iniciativa, a entidade está em fase de testes de interoperabilidade do novo serviço. A expectativa é que o serviço comece a operar no primeiro trimestre de 2013.

?Quando o serviço estiver totalmente desenvolvido, vamos aumentar a experiência do usuário. Um profissional consumidor de videoconferência nos Estados Unidos da AT&T poderá se comunicar com outro da BT de forma fácil e com qualidade?, assinala. Segundo ele, será possível aos usuários corporativos fazer e receber chamadas de vídeo com a mesma facilidade com que efetuam chamadas telefônicas.

Os provedores de serviços ficaram responsáveis por desenvolver e implementar especificações técnicas e comerciais de OVCC, baseadas em padrões da indústria, melhores práticas e abordagens comerciais para atender à necessidade de interconexão, endereçamento, sinalização, interoperabilidade e coordenação dos serviços.

Entre as companhias que fazem parte da entidade estão T&T, BCS Global, Bharti Airtel, BT Conferencing, Dialogic, Masergy, Orange Business Services, Polycom, Teliris, Telstra e Verizon. A mais recente delas é a Cisco. ?Cada vez mais a indústria entende que é melhor nos unir do que brigar?, comenta Rodriguez.

Odd Ostlie, diretor sênior de soluções do Telepresence Technology Group da Cisco, aponta que o ingresso da empresa no grupo brinda o compromisso da fabricante com padrões abertos e a estratégia de manter alianças com a indústria para ampliar a colaboração em vídeo.

"Nossos provedores de serviços nos incentiveram a nos juntar a essa organização. Há sete anos, mantemos relacionamento próximo com os provedores para identificar arquitetura, recursos e requerimentos de interoperabilidade de redes", diz.

De acordo com ele, a empresa busca ainda ampliar oportunidades em aplicações móveis e faz todo o sentido se alinhar ao OVCC para garantir qualidade aos usuários. "A conectividade entre redes é vital na experiência em vídeo. Nossos clientes estão adotando soluções de vídeo em grande escala e hoje as redes estão fragmentadas, dificultando as chamadas. Queremos mudar isso", esclarece.

Rodriguez explica que quatro provedores de serviços [AT&T, Bharti Airtel, Masergy e Orange] desenvolveram a rede de interconexão OVCC, que constitui o backbone para suportar conexões de vídeo entre plataformas portadoras. Essa estrutura permitirá aos membros do OVCC se conectarem ao backbone e oferecer serviços de vídeo independentemente da natureza da rede.

O sistema faz com que as exigências da interoperabilidade fiquem invisíveis para o usuário, que só precisará entrar em contato com o provedor do serviço para estabelecer uma teleconferência de vídeo, como se agendasse uma teleconferência por telefone. ?A união vai impactar diretamente na ponta e facilitar a vida do usuário corporativo?, finaliza.



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