Irmãos são envenenados em possível tarefa do “Baleia Azul”

Eles comeram balas que colocaram na porta da sua casa

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Dois irmãos, um de 8 e o outro de apenas 3 anos comeram balas envenenadas colocadas na porta de sua casa, em Monte Carmelo, cidade com menos de 50 mil habitantes. A polícia investiga se algum familiar tinha desavenças com vizinhos. O mais velho já teve alta e o mais novo passa bem, mas continua internado no Hospital Federal de Uberlândia. Caso sugere "tarefa" do desafio da "Baleia Azul".

A reação de um pai em ver os dois filhos com súbitas dores estomacais foi determinante para que uma tragédia não acontecesse no município distante cerca de 500 quilômetros de Belo Horizonte.

No manual de primeiros socorros do Núcleo de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz há orientações sobre como identificar sintomas para os casos de envenenamento.

Investigação policial

A delegada Cláudia Coelho Franchi investiga o caso e não descarta nenhuma hipótese, mas adianta que procuram descobrir se a família tinha alguma desavença ou se as balas foram deixadas sem um alvo específico, mas com o objetivo claro de atrair uma criança. Se pegos, os criminosos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e envenenamento de substância alimentícia e, somadas, as penas podem chegar a 45 anos.

Embora a polícia não confirme, o envenenamento de balas pode ser uma das tarefas sugeridas no desafio da "Baleia Azul", jogo virtual com 50 atividades entre as quais a auto flagelação e outras secretas. Uma mensagem ligando o jogo do suicídio ao envenenamento de crianças com balas assustou pais em Ipanema. O texto falava que 30 crianças deveriam ser envenenadas e termina lamentando e dizendo que ele tinha de cumprir, caso contrário os organizadores do grupo iriam "atrás dele".

Casos de Baleia Azul em Minas

O comandante da Polícia Militar em Ipanema, tenente Bruno Fernandes afirmou que inúmeras ligações foram feitas ao 190, mas rapidamente foi confirmado que se tratava de trote e que uma mesma mensagem estava sendo distribuída em aplicativos e redes sociais com nomes de cidades e escolas diferentes.

As famílias e escolas de Minas Gerais estão em alerta com tudo o que surge envolvendo crianças, adolescentes e tentativas de suicídio. Isso porque no início de abril, em Pará de Minas, na região central do estado, um jovem de 19 anos e pai de um bebê de um mês cumpriu o último "desafio" e foi encontrado morto na cama.

A mãe da vítima informou à polícia que ele já havia confirmado que estava participando de um grupo no Facebook que se chamava "Baleia Azul".

Três adolescentes, em Açucena, brigaram na escola depois que uma das meninas jogou sangue em outras duas depois de ter sido expulsa de um grupo do jogo. O diretor também chamou a polícia para acabar com a confusão que teve troca de ameaças de morte.

Em Itanhomi, cidade localizada no Vale do Rio Doce, a mãe de uma adolescente de 15 anos procurou a polícia depois que a filha apareceu com mutilações pelo corpo.

Baleia Rosa e boas ações

Como um contraponto às 50 tarefas que culminam com o suicídio dois amigos criaram o " Baleia Rosa ", projeto que busca disseminar atitudes de agradecimentos, reconciliações, perdão, pedidos de desculpas e conversar com alguém sem contato há muito tempo.

A justificativa para a criação do grupo é ajudar a construir o bem entre as pessoas por meio da internet. A página do Facebook já tem mais de 264 mil curtidas desde que foi criada no início de abril.



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